Eles serão soltos ainda nesta terça-feira

Aguardando expedição do alvará de soltura dos presos pela Operação Lama Asfáltica, o advogado do assessor da Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos) Wilson Roberto Mariano e de sua Filha Mariane Mariano, Hilário de Oliveira, já informou aos clientes sobre a decisão do SFT (Supremo Tribunal Federal). Notícia recebida com choro, segundo a defesa.

O ministro da Corte, Marco Aurélio, aceitou pedido de habeas corpus ingressado na semana passada e válido também para o empresário João Amorim e ao ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto.

“Eles choraram, ficaram tão felizes que choraram”, disse o advogado que já está no Centro de Triagem aguardando a soltura. Hilário afirmou que segue na defesa deles e vai provar que não há culpa. A previsão de saída está prevista para ocorrer entre as 19h30 e 20h.

Operação – Esta segunda fase da operação Lama Asfáltica bloqueou pouco mais de R$ 43 milhões em bens de 24 pessoas, apreendeu dois aviões, um do empreiteiro João Amorim e outro do empresário João Baird, e encontrou na casa dos acusados US$ 10 mil em espécie e um montante em real que ainda está sendo contabilizado pelos agentes da Polícia Federal.

A ação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias.

Segundo o superintende da PF, Ricardo Cubas, do montante de R$ 195 milhões em obras da gestão do ex-governador do Estado, André Puccinelli, na 1ª fase da operação foram identificados desvios de R$ 11 milhões e nesta 2ª fase, mais R$ 33 milhões que teria sido desviados, um total de R$ 44 milhões. Segundo a Polícia, pelo menos 23% de cada empreendimento era desviado pelo grupo, classificado de organização criminosa pela Polícia.