Vereadores trocam farpas em embate sobre Prefeitura e artistas

‘Parece que tem xerife nesta casa’, reclamou vereador a um colega

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‘Parece que tem xerife nesta casa’, reclamou vereador a um colega

A ideia de abrir uma comissão processante contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), gerou discussão entre vereadores durante a sessão desta quinta-feira (19) na Câmara Municipal. Durante a leitura do pedido, base e oposição travaram um embate sobre a atuação do chefe do Executivo.

O requerimento de abertura foi lido durante a sessão por Fernanda Kunsler, do movimento SOS Cultura. No entendimento do setor, o prefeito feriu a Lei Orgânica do Município ao não repassar, como preconiza a lei, 1% do orçamento da Capital para projetos culturais.

Em certo ponto, o vereador Chiquinho Telles (PSD) ocupou o microfone para criticar o que classificou de “conversa no limite, com a faca no pescoço”. “O prefeito abiu as portas para negociar e não é assim que se faz uma negociação. Discurso eleitoreiro nós não vamos aceitar”, disse o parlamentar.

A fala de Telles foi rebatida por Luiza Ribeiro (PPS). “O prefeito, pelo contrário, nunca sentou com os artistas, manda o secretário de obras para conversar, assim como não recebeu os moradores da Cidade de Deus. É um prefeito que não assume seu papel e nem cumpre a lei”, opinou.

Em seguida, Luiza passou a fazer referências sobre o uso, pelo prefeito, de um jatinho do empresário João Baird. Chiquinho reclamou e pediu a Paulo Pedra (PDT), presidente da sessão, que orientasse a colega a não fugir do tema da discussão.

Luiza não gostou da intervenção de Chiquinho. “A palavra é livre e o senhor não manda em mim”, reagiu a parlamentar, reclamando que reiterada vezes tem sido vítima de desrespeito por parte dos colegas.

Em seguida, foi amparada por Alex (PT), que reclamou da postura dos colegas na tentativa de pressionar a vereadora. “Parece que tem xerife nesta casa. Aqui não é delegacia”, retrucou o petista.

Quem também não gostou do discurso de Chiquinho foram os manifestantes presentes na sessão. Enquanto ele falava, o pessoal do SOS Cultura virou de costas para a mesa do plenário e passou a vaiar o vereador.

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