Vereadores são pressionados, vaiados e até xingados na Câmara

Parlamentar chegou após fim da sessão 

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Parlamentar chegou após fim da sessão 

A cada dia que passa a sessão da Câmara de Campo Grande fica mais quente, motivada principalmente pela greve dos professores. A paralisação traz a população para a Câmara e faz eles enxergarem hábitos nada corretos dos parlamentares.

O vereador Coringa (PSD), por exemplo, foi surpreendido ao chegar à sessão ontem (16). O vereador chegou depois de 11h40, quando os trabalhos já tinham sido encerrados. Porém, não escapou da vaia de professores, que perguntaram se isso era hora.

Revoltados, os professores começaram a cantar para o vereador: “Não esquenta não, no ano que vem tem eleição”. Coringa nem se importou em dar justificativa para o grupo e voltou por onde entrou, após ser vaiado por algum tempo.

“A gente tem horário para chegar e eles chegam só para assinar o papel e dizer que veio. Será que corta ponto deles se não vem? Se o professor falta cortam o ponto dele”, reclamou uma das professoras.

O vereador Chocolate (PP) também foi pressionado pelos professores. Há alguns dias ele tem sido vaiado constantemente nas sessões e ontem foi duramente criticado. Uma das professoras disse que não queria o apoio dele e chegou a chamá-lo de vendido.

Chocolate pediu respeito para a professora e o clima esquentou, mas acabou desistindo de tentar se justificar. O vereador desagrada, principalmente, aliados do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). Eles alegam que Chocolate traiu o ex-prefeito ao votar a favor da processante e, posteriormente, da cassação.

Os vereadores também foram pressionados por conta do Projeto de Emenda a Lei Orgânica que define eleição direta para diretores de Ceinf e escolas de Campo Grande. Herculano Borges (SD) e Gilmar da Cruz não tinham assinado pela tramitação e, após pressão, garantiram a professores que vão assinar.

 

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