Fim do boicote chegou a ser anunciado por parlamentares

Eles voltaram atrás de voltar atrás. Vereadores da oposição decidiram, no fim da manhã desta quinta-feira (16), manter o boicote a projetos em regime de urgência na Câmara Municipal de , mantendo trancada a pauta da casa.

No começo da sessão, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) chegou a dizer que havia entendimento da oposição em suspender o boicote. Isso depois de reunião convocada pelo presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), pedindo a votação de sete projetos de incentivos a empresas, que tramitam em regime de urgência, com consequente desobstrução dos trabalhos.

Ocorre que, na reunião, estavam apenas Luiza, Paulo Pedra (PDT) e Cazuza (PP), entre os parlamentares que não são da base. Depois, outros membros da oposição chegaram e a decisão final foi manter o boicote.

Projetos em regime de urgência precisam da assinatura de 20 parlamentares. Descontando o presidente, que não assina nesses casos, e a licença por motivos de saúde de Edson Shimabukuro (PTB), na prática, a oposição, com teoricamente sete vereadores, consegue trancar a pauta.

Sendo assim, os sete projetos que doam áreas para empresas seguem impedindo outras votações. A medida é uma forma de a oposição forçar a Prefeitura a negociar repasses de atrasados a artistas, conflito que se estende há alguns meses.

Os vereadores votaram, na sessão desta quinta, apenas um veto do Executivo a projeto de Carlão (PSB), quanto à obrigatoriedade da divulgação de listas de pacientes que aguardam consultas, exames e cirurgias na rede pública municipal de saúde. Por 16 a dois votos, a decisão foi derrubada, contrariando orientação do líder do prefeito, Edil Albuquerque (PMDB).