Vereador diz que ‘colegas estão preocupados com a cultura’ e quer resgatar CPI da Folia
A CPI da Folia, que foi barrada no início de março, ganha força na Câmara
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A CPI da Folia, que foi barrada no início de março, ganha força na Câmara
Mesmo após a saida da ex-secretária municipal de Cultura, Juliana Zorzo, a crise entre artistas e a Prefeitura continua. O prefeito é acusado de não pagar shows já realizados e até de priorizar somente eventos ligados aos evangélicos. No embalo, o vereador Chiquinho Teles (PSD) anunciou que vai reapresentar o pedido de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Folia, que deveria ter investigado a Fundac (Fundação Municipal de Cultura) ainda na gestão de Alcides Bernal (PP).
Segundo ele, o objetivo final é que sejam devolvidos R$ 3 milhões que deveriam ter sido usados para pagar os artistas. “Já havia apresentado esse pedido anteriormente, mas não foi aprovado. Agora, há vários vereadores demonstrando preocupação com a Cultura. Se devolvessem esses R$ 3 milhões que foram desviados isso poderia resolver o problema dos artistas”, cutuca Teles.
Ele se refere aos vereadores que têm tomado parte em mobilizações de ativistas do mercado cultural. Segundo Chiquinho, os fatos questionáveis são antigos. Ele lembra que o grupo Terra Samba, foi contratado por R$ 231 mil, todavia, um show do mesmo padrão não passa dos R$ 15 mil.
Em outro exemplo, Chiquinho cita a contratação do cantor Peninha por R$ 47.500, que apareceu no relatório do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), sendo que uma contratação anterior teria custado R$ 20 mil. “Só de passagem para o Terra Samba foram gastos R$ 26 mil”, ressalta.
O parlamentar também questiona de onde vem a empresa Eco Vidas, que realizava a contratação dos artistas, desde a época do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). “Que eu saiba essa empresa é especializada em cortar grama. Em 75 dias essa a Eco Vidas recebeu R$ 1,5 milhão, sendo R$ 800 mil da Fundac e R$ 616 da secretaria de governo”, frisa.
Por sua vez, o vereador Airton Saraiva (DEM) destaca que o impasse com os artistas não teve início na gestão de Gilmar Olarte. “É uma doença que começou em 2013 e não deram remédio. Agora isso se agravou. Por que na época ninguém reclamou? Por que vem gente falar só na gestão atual?” questiona Saraiva, que termina afirmando que o atual prefeito vai pagar o que deve aos artistas.
Pedido anterior
No pedido de abertura da CPI anterior, Chiquinho só conseguiu a assinatura dos vereadores: Eduardo Romero (PTdoB), Edson Shimabukuro (PTB), Elizeu Dionizio (SD), Magali Picarelli (PMDB), Chocolate (PP). Os vereadores Carlão (PSB), Delei Pinheiro (PSD) e Coringa (PSD) chegaram a assinar, mas depois retiraram a assinatura.
A CPI da Folia tinha por objetivo investigar os gastos com o Carnaval e Festa de Santo Antônio. Só no Carnaval a comissão observou um aumento de 73,81% em 2014, se comparado a 2012. Segundo a denúncia, bandas e artistas carnavalescos teriam custado em torno de R$ 1 milhão aos cofres públicos, quase o dobro do cobrado no mercado.
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