Assessoria jurídica do Legislativo deverá analisar a documentação

O Tribunal de Justiça pediu prazo de 48 horas, a contar da tarde de terça-feira (10), para encaminhar à Câmara Municipal uma cópia da denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP). Depois disso, assessores jurídicos de vereadores deverão analisar o material para, se for o caso, adotar alguma medida que eventualmente caiba ao Legislativo.

A solicitação do material foi feito na tarde de terça pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), segundo disse a própria durante a sessão desta quarta-feira (11). O presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), confirma que “o jurídico” analisará tudo.

“Vamos esperar, ver as orientações jurídicas que vamos receber, mas não vou antecipar nada”, comenta o presidente da Câmara. Segundo o peemedebista, é temerária a ideia de ligar a investigação do Gaeco à cassação, pelo Legislativo, do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).

“Agiotagem e cheque é bem antecedente (à cassação de Bernal). Querer associar uma coisa à outra é muito complicado, até pelas coisas que foram colocadas naquele cenário”, analisou Mario Cesar, ao ser questionado sobre o assunto durante a sessão desta quarta-feira (11) na Câmara.

O conteúdo da denúncia apresentada pelo Gaeco ao TJ foi aberto oficialmente no fim da semana passada. O caso ainda não foi analisado, ou seja, até o momento não há processo judicial, mas os investigadores tentam processar o prefeito pelas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.