Secretário nega ‘indústria da multa’ e aponta queda de efetivo da PM no trânsito
Valério Azambuja negou que guardas recebam gratificação por produtividade
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Valério Azambuja negou que guardas recebam gratificação por produtividade
A atuação de guardas municipais no trânsito da Capital levantou nos vereadores a suspeita de que existisse uma ‘indústria de multas’ na cidade, o que foi rebatido pelo secretário de segurança pública, Valério Azambuja, que culpou a falta de fiscalização da Polícia Militar pela reclamação dos ‘infratores’.
“A surpresa e o motivo de reclamação da parte de eventuais infratores, notificados ou autuados pela fiscalização, devem ser tributados ao quase completo abandono a que a fiscalização de trânsito foi submetida pelo órgão de policiamento militar, no ano passado, a qual teve reduzido o seu efetivo e a impediu de realizar um trabalho mais eficaz no Município de Campo Grande, resultando em 106 mortes no ano de 2013 e 98, no de 2014, sem contar as lesões corporais, com seqüelas permanentes ou não”, declarou Azambuja em nota enviada ao Jornal Midiamax.
O vereador Chiquinho Telles (PSD) chegou a sugerir a convocação do secretário para prestar esclarecimentos sobre os critérios utilizados pelos Guardas Municipais para notificar os motoristas campo-grandenses. Valério, por sua vez, disse que a afirmação dos parlamentares “não corresponde à realidade dos fatos”.
O secretário negou que os Guardas recebam algum tipo de ‘gratificação por produtividade’, o que é restrito aos agentes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Segundo ele, a participação da GCM (Guarda Civil Municipal), ‘nas atividades de conscientização no trânsito e nas ações de fiscalização’, contraria o ‘espírito’ de “pouco afeitos ao cumprimento das normas do Código de Transito Brasileiro”.
Pelo menos 81 guardas civis foram capacitados pelo Detran (Departamento Estadual de Tânsito) e credenciados junto à Agetran para atuar no trânsito da Capital, para “lavrar auto de infração contra os condutores de veículos infratores das normas de circulação, parada e estacionamento, bem como as infrações cometidas por excesso de peso, dimensão e lotação de veículos”.
Azambuja chamou de ‘teratológica’ (absurda) a afirmação dos vereadores de que os guardas estivesse multando para aumentar a arrecadação do município, afirmando ainda que a população da Capital convivia com ‘uma sensação de falta de fiscalização’, devido ao déficit de efetivo de fiscais da Agetran.
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