Questionada na Justiça, CPI ouve delegado na próxima terça-feira

Outras duas pessoas serão sabatinadas

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Outras duas pessoas serão sabatinadas

Na próxima terça-feira (27) o delegado Alcídio de Souza Araújo, que acompanhou a reintegração de posse da fazenda Buriti, em 2013, será ouvido pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi, feita para investigar a atuação do Conselho Indigenista Missionário nas ocupações que ocorrem no Estado. Na ocasião serão sabatinados também Inocêncio e Cacilda Pereira.

Tendo como presidente a deputado estadual Mara Caseiro (PTdoB) e relator Paulo Corrêa (PR), ambos ruralistas, a CPI é questionada na Justiça pelo Conselho do Povo Terena, alegando justamente haver “um julgamento prévio” em relação ao Cimi. Na primeira audição da comissão, dois jornalistas que têm trabalhos embasados em teses contra a demarcação de terras indígenas palestraram aos integrantes.

Na ocasião o deputado Pedro Kemp (PT) se manifestou contrário à prática pois, segundo ele, as oitivas devem ser feitas para obter depoimentos sobre o assunto e não para realização de palestras visivelmente parciais. Neste mesmo dia Corrêa causou polêmica chamar o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, de “picareta”, além de se exaltar ao falar da Igreja Católica. “Sou católico, mas não será qualquer padreco ou bispinho que vai falar o que devo fazer ou não”, disse.

Para tentar mostrar o outro lado também foi criada a CPI do Genocídio, porém a composição é praticamente a mesma. Mara e Corrêa fazem parte da comissão, Antonieta Amorim (PMDB) também, ela é suplente de Marquinhos Trad (PMDB) na apuração sobre o Cimi. João Grande, suplente de Kemp, integra a lista da investigação do Genocídio.

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