Ex-governador reclamou de dissidentes após derrotas nas urnas

“Então saia na rua e pergunte para a população o que ela acha. Não vou polemizar”, disse o ex-governador André Puccinelli (PMDB) ao comentar, na manhã deste sábado (22), a saída do ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad do partido. Na visão do peemedebista, não houve traição ao agora ex-correligionário em relação a apoio político.

Nelsinho anunciou oficialmente a saída do PMDB na sexta-feira (21), ao mesmo tempo em que disse ter assumido a direção regional do PTB. Em 2014, ele foi derrotado na disputa pelo governo estadual e desde então trava guerra política com o partido, na qual acusa Puccinelli de traí-lo e não apoiá-lo.

“Faltou apoio? Eu estava com ele quando foi vereador e quis ser presidente da Câmara Municipal, eu coloquei a mão no ombro dele e falei que estava com ele. Quando foi deputado, quando foi prefeito, quando foi candidato ao governo, no ano passado”, falou Puccinelli. Ele participou, neste sábado, de convenção para eleger a nova executiva municipal do partido em Campo Grande.

O ex-governador reclamou da dissidência partidária após derrotas sucessivas – em 2012, na disputa pela Capital, e no ano passado, ao governo. “Não é feio perder, não é motivo para tristeza. Tanto que a gente perdeu em 2012 e perdemos no ano passado, mas quem eram as pessoas? São pessoas que na época eram do PMDB, mas olha o que aconteceu (referindo-se também a Edson Giroto, derrotado pelo partido na eleição municipal passada e que, após o pleito, retornou ao PR)”.

Puccinelli chegou ao diretório municipal do PMDB junto com o senador Waldemir Moka. Foi cercado por correligionários e comentou com a vereadora Carla Stephanini, que está de saída do comando municipal, a intenção de oferecer um almoço com pasta italiana aos colegas de partido no começo da próxima semana.