Mesa Diretora tem 48 horas para baixar o ato de instalação

 

Foi publicado o requerimento com pedido de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul, que vai investigar suposto desvio de R$ 700 milhões e a existência de uma ‘lista confidencial’ com supostos beneficiários do esquema. O requerimento de autoria do deputado estadual, Marquinhos Trad (PMDB), tem ao menos 20 assinaturas de parlamentares.

Agora, a Mesa Diretora tem 48 horas para oficializar e baixar o ato de instalação da investigação. Segundo o presidente da Assembleia, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), após a publicação do documento é feita uma análise para verificar se a CPI preenche os requisitos para depois instalar de fato a investigação. Depois disso, ocorre a indicação dos membros dos partidos que vão compor a CPI – são cinco parlamentares responsáveis por conduzir as investigações.

Segundo Marquinhos, os supostos pagamentos e a ‘lista confidencial’ foram identificados em auditoria encomendada pela Comissão de Valores Mobiliários à PWC (PricewaterhouseCoopers). Os valores das gratificações chegam a R$ 2 milhões.

O parlamentar critica também a Energisa, empresa que comprou a Enersul em 2013 e a assumiu no ano passado. “A Energisa até agora não mostrou o que veio fazer no Estado”, disse o peemedebista, comentando que a companhia adquiriu o ativo e passivo da concessionária, podendo também, “se for o caso”, ser responsabilizada em se comprovando irregularidades na gestão do dinheiro da empresa. A investigação pretende identificar também se há políticos como supostos beneficiários do esquema.