‘Ato da Câmara não foi do dia para a noite', diz Flávio César

A ação judicial em que o MPE (Ministério Público Estadual) pede o afastamento do prefeito de , Alcides Bernal (PP), tendo por base um dos casos que motivaram a cassação dele em março de 2014, serviu de estopim para vereadores dispararem críticas contra o pepista, durante a sessão desta terça-feira (6). Segundo o presidente da casa, Flávio César (PTdoB), o pedido da promotoria confirma os atos tomados anteriormente pela Câmara Municipal.

Boa parte da sessão foi dedicada a criticar Bernal, que retornou ao cargo no dia 27 de agosto, depois do afastamento, pelo legislativo, em março do ano anterior. Chiquinho Telles (PSD) falava sobre pedidos de investigação acerca de obras de unidades de saúde quando o presidente cada desceu da mesa e pediu aparte.

Flávio César, então, relembrou o que chamou de “processo de um ano e três meses” desde o início da gestão, em janeiro de 2013, até a cassação de Bernal. Lembrou que foi relator da comissão processante que opinou pela cassação do prefeito: “perdemos dias e noites analisando documentos, conferindo dados, foi possível comprovar os fatos”.

Segundo Flávio César, a cassação de Bernal “foi um ato legítimo da Câmara, que não se deu do dia para noite”. “Tudo isso foi feito e, agora, o Ministério Público está aí para ratificar os atos da Câmara”, continuou o presidente, dizendo que, junto à ação do MPE, é citado relatório da CGU (Controladoria Geral da União) sobre irregularidade no uso de verbas federais.

O vereador finalizou o discurso com perguntas. “Quem vai tapar os buracos da cidade? Quem vai garantir reformas nos postos de saúde? Quem vai garantir o reajuste dos professores? Quem vai garantir a compra da merenda? Quem vai garantir a ordem da cidade novamente?”.

A exemplo de outros vereadores que já haviam criticado Bernal na sessão desta terça, Airton Saraiva (DEM) aproveitou o discurso de Flávio César. “Disse tudo”, comentou o demista, emendando: “onde já se viu um prefeito ser favorável à cobrança de afastar vereadores? Essa é a forma Bernal de governar, atacando”.