Em crise, Santa Casa recebeu empréstimo de medicamento de SP

Questionado sobre eventual ajuda do Executivo Estadual na Santa Casa, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), ressaltou que o governo estadual já faz repasse mensal à instituição e que cabe a Prefeitura de quitar os débitos que tem com o hospital.

“A saúde de Campo Grande é gestão plena da Prefeitura, mas o Estado tem apoiado”, afirmou. Azambuja disse que se reuniu com diretores da Santa Casa, quando foi apresentado que o Executivo Municipal tem débitos com a instituição. “Precisa equacionar isso. O governo está disposto a fazer diálogo”.

Isto porque, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), disse esperar que o governo estadual amplie o repasse que faz à Santa Casa. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, atualmente, o município repassa R$ 4 milhões e o governo do Estado, R$ 1,5 milhão.

Prefeitura e Santa Casa seguem em impasse sobre a contratualização dos serviços hospitalares. Conforme o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, como a Prefeitura não depositou R$ 3 milhões dos repasses de novembro, a situação da instituição se agravou.

Nesta semana, por exemplo, os fornecedores suspenderam a entrega dos medicamentos e de produtos para higienização, por isso, não se pode fazer a higienização dos leitos e colocar outros pacientes nos locais. O Hospital Albert Einsten, de São Paulo, precisou emprestar dois fracos do medicamento Alprostadil, para serem usados no tratamento de um menino de 5 anos, que aguarda por cirurgia cardíaca.