Peemedebista abriu mão da disputa para apoiar candidato do PSDB

O prefeito de Amambai, Sérgio Barbosa (PMDB), e o grupo de prefeitos ligados a ele e a André Puccinelli (PMDB) desistiram de disputar a presidência da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). O peemedebista abriu mão em favor do candidato do PSDB, Juvenal Neto (PSDB).

“Vamos fechar a chapa agora de manhã. Eu vou abrir mão de disputar a presidência em prol desta unidade. Vamos fazer uma reunião para discutir a pauta. Também consultei nosso grupo, que estava montando para disputar. Não consegui falar com todo mundo, mas com 25 prefeitos e todos querem que evite a disputa. É hora de abrir mão”, justificou, nesta sexta-feira (9).

O acordo foi firmado depois que Juvenal aceitou abrir espaço na chapa, incluir assuntos considerados prioritários e garantir uma autonomia a Assomasul, principalmente em embates que envolvem o governador Reinaldo Azambuja, do mesmo partido do próximo presidente.

Entre as pautas polêmicas que envolvem governador e prefeitos destacam-se o rateio do ICMS, motivo de insatisfação de muitos. “É um assunto bastante polêmico. Os prefeitos estão bastante desconfortáveis. Os critérios não muito claros.  No dia 31 de dezembro tem decreto dizendo quem caiu e subiu e todo mundo só leva bordoada. Quem ganhou fica feliz e quem perdeu fica triste. Mas o problema é indefinição. Parece obscuro e sem transparência”, criticou.

Sérgio Barbosa também cita o transporte escolar como problema. Ele afirma que a maioria dos municípios transporta alunos da rede estadual e acabam pagando 70% do serviço, mesmo auxiliando o Governo do Estado, contribuindo para dificultar a vida dos prefeitos. O prefeito também inclui na lista a necessidade de parceria para construção dos aterros sanitários e pautas a serem discutidas com o Governo Federal, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e incentivos fiscais.

A eleição está marcada para o dia 16 de janeiro. Participam das eleições apenas os 79 prefeitos do Estado, que vão escolher os membros da nova diretoria e do Conselho Fiscal. Apenas dois dos 79 prefeitos não estão aptos a votar, pois pediram para sair da Associação.