Prefeito afirma que só comprometeu 48% da receita com folha de pagamento

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), negou nesta quinta-feira (29) que a Prefeitura esteja correndo risco de estourar o limite de gasto com folha de pagamento, de 54% da receita corrente líquida. O prefeito afirma que hoje ou amanhã deve divulgar o valor exato do gasto, que é de 48%.

Olarte afirma que está fazendo um trabalho de economia, que garantiu redução de 60% em gastos com manutenção de veículos e 30% de combustível. Todavia, ainda promete uma redução maior, que pode gerar economia de 8% a 10% nos gastos.

“Temos este ano para fazer dever de casa, com corte de gordura na folha. Isso fora as demissões. Uma gordurinha aqui, um plantão para equilibrar ali na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). É um convocado que não precisa ser convocado, outro para cobrir porque está de férias. A gente vê alguém para suprir ali. É gestão. Vamos cortar de 8% a 10% da folha de pagamento com gestão”, afirmou.

Comissionados

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga “eventual ato de Improbidade Administrativa e lesão ao erário, decorrente da nomeação de 1.044 servidores comissionados, sem a observância dos critérios impostos pela Lei da Ficha Limpa e de possível nomeação de servidores fantasmas na Prefeitura Municipal de Campo Grande”.

Em meio as denúncias, o promotor de Justiça Gerson Eduardo de Araújo, da 29ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social, recomendou que o prefeito promovesse  a redução de pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e função de confiança.

A oposição alega que o prefeito vive reclamando de crise, mas prefere aumentar impostos do que demitir os vários comissionados da prefeitura. O vereador Paulo Pedra (PDT) foi além, afirmando que o prefeito indica vários membros da igreja dele para cargos na prefeitura.