Perto do aniversário, processo do Gaeco que envolve Olarte aguarda decisão do TJMS
Processo está há mais de 10 meses no TJMS e tramita em segredo de Justiça
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Processo está há mais de 10 meses no TJMS e tramita em segredo de Justiça
Já retornou ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) o processo na qual o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), é citado após operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) para “medidas investigatórias sobre organizações criminosas”.
O processo tinha retornado para o Ministério Público Estadual, mas já voltou ao desembargador Cláudio Bonassini. Ele é o terceiro a pegar o processo, que já tinha passado pelas mãos dos desembargadores Maria Isabel Rocha e Francisco Gerardo. Eles se declaram impedidos, porque têm envolvimento com citados na investigação.
O impedimento também deve acontecer se o processo passar pelas mãos dos desembargadores Paschoal Carmello Leandro e Sideni Soncini Pimentel, que têm os filhos atuando, respectivamente, como procurador geral do município, Fábio Castro Leandro, e secretário de Governo, Rodrigo Pimentel.
O processo tramita em segredo de Justiça desde que chegou ao Tribunal de Justiça, no dia 27 de março de 2014, mas há declarações de que foi aberto para investigação dos crimes de estelionato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A princípio, o caso ficaria com Ruy Celso Barbosa Florence, mas como ele ajudou nas investigações e chegou a expedir mandados de busca e apreensão, cumpridos na Prefeitura, Câmara Municipal e até na casa do prefeito, teve de ser substituído.
A operação do Gaeco foi deflagrada em abril do ano passado. A denúncia tratava, entre outras coisas, de suposta agiotagem para “compra de vereador”. Os investigadores apreenderam documentos na residência de Olarte e na Câmara Municipal de Campo Grande, mas nunca revelaram em detalhes o que estava sendo apurado.
As informações são de que a denúncia feita pela Procuradoria-Geral de Justiça do MPE-MS envolveria os crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Vereadores, além do próprio prefeito, foram ouvidos pelo Gaeco no decorrer das investigações.
Segundo o advogado de Olarte, Jail Benites Azambuja, na ocasião o cliente dele teria prestado esclarecimentos somente enquanto testemunha. No entanto, Ruy Florence desmentiu o prefeito e confirmou que ele havia prestado depoimento.
Em outras ocasiões, Gilmar Olarte afirmou que os promotores constatariam “um grande equívoco”, referindo-se a suspeita de que teria havido compra de apoio dos vereadores que votaram a favor da cassação de Alcides Bernal (PP). Com a queda de Bernal, Olarte ficou com o cargo.
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