Perto de terminar mais um ano em que Campo Grande ‘quase’ teve três prefeitos

A dupla que surpreendeu em 2012 trocou de posto em 2015

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Estamos prestes a encerrar um dos mais tumultuados anos políticos da Capital. Apesar da troca de prefeitos em um ano não eleitoral, esta não é a primeira vez que Campo Grande tem dois Chefes do Executivo. O interessante é que em 2015 ‘quase’ foram três prefeitos.

A volta de Alcides Bernal (PP) aconteceu no mesmo dia, 25 de agosto, em que a  1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça manteve a decisão do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, que concedeu liminar suspendo os efeitos do decreto de cassação do progressista.

Pouco antes disto acontecer, no mesmo dia 25 de agosto, uma decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), afastava o entao prefeito Gilmar Olarte do cargo, como resultado do desdobramento da Operação Coffee Break, comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado), que também afastou do cargo o presidente da Câmara da Capital, vereador Mario Cesar (PMDB).

Sem Olarte e Mario Cesar, o então vice-presidente da Casa de Leis, vereador Flávio Cesar (PTdoB), chegou a anunciar no final da manhã daquele dia 25 que assumiria a Prefeitura em cumprimento a uma determinação judicial. Não deu tempo, a liminar que garantia a volta de Alcides Bernal saiu antes.

Como era véspera do feriado de comemoração do aniversário de Campo Grande, a posse oficial de Bernal aconteceu apenas no dia 27 de agosto. Desde março de 2014, quando foi cassado, o progressista tinha experimentado por algumas horas, em 15 de maio daquele ano, a sensação de governar a cidade. Durou pouco.

Desta vez, a volta de Bernal já completou quatro meses, porém ainda cercada de ameaças veladas de possíveis reviravoltas, como o próprio prefeito já anunciou em algumas agendas públicas.

Por enquanto, de concreto apenas suspeitas e denúncias de um esquema de compra de votos para cassação de Alcides Bernal, encaminhados ao comando do MPE (Ministério Público Estadual), que ainda não definiu o que fazer com o relatório final da operação.

Primeiro prefeito eleito de Campo Grande também renunciou

O primeiro prefeito eleito de Campo Grande, Eduardo Olímpio Machado, renunciou ao mandato ainda no início da década de 1940, já que não queria receber oficialmente seu desafeto o então presidente Getúlio Vargas, que viria ao Estado (Mato Grosso), e para não ‘cumprimentá-lo’ e manter sua ‘honra’ abdicou da prefeitura.

Nesta ocasião, o vice-prefeito assumiu mas ficou pouco tempo no cargo, sendo sucedido pelo ex-senador Vespasiano Martins, que assumia a Prefeitura de Campo Grande pela quarta vez.

Em 1952 Campo Grande sofreu um duro baque, quando o prefeito Ary Coelho, que empresta o nome à mais famosa praça do centro da Capital, foi assassinado em Cuiabá (MT), o presidente da Câmara, Mário Carrato, assumiu o Paço Municipal até a eleição suplementar do ano seguinte, que teve Wilson Fadul como vencedor.

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