São quase 40 mil páginas documentais

O laudo pericial e material feito nos celulares dos investigados no esquema que supostamente cassou o mandato do prefeito de Alcides Bernal (PP), enviado ao promotor do (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) Marcos Alex Vera, recuperou mensagens, vídeos até mesmo anotações apagadas dos aparelhos.

Conforme os autos do processo envolvendo vereadores, empresários e o vice-prefeito afastado de todas as funções públicas, Gilmar Olarte (PP), são 39.106 páginas de relatório “que contêm varias informações (registros de ligações, mensagens, listas de contatos, registros de bate papo, entre outros) as quais variam segundo a versão do (programa) firmware disponível no celular”.

Os dados foram enviados da perícia ao Gaeco impressos e também por meio de CDs, DVDs e pen-drive e assegurados por meio de planilha para que não haja alteração das informações oficiais. Ao todo foram encontrados 8.504 contatos, destes 697 estavam excluídos, mas foram recuperados pelos equipamentos forense.

Ligações foram 20.620, sendo 37 apagadas e resgatadas. Mais 15.554 mensagens de SMS com 1.096 excluídas. 1.406 mensagens via Whatsapp com 127 apagadas e 197 anotações, destas 67 removidas pelos donos dos aparelhos. O sistema pericial não especificou se houve formatação integral ou parcial dos telefones. Foram coletados 1.798 áudios, 43.761 imagens e 532 vídeos.

Os aparelhos foram recolhidos pelo Gaeco durante investigação acerca da cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. A suspeita é de que tenha ocorrido compra de votos dos vereadores neste sentido. Olarte, que estava no comando do Executivo, está afastado de todas as funções públicas desde agosto. O então presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), estava na mesma situação e conseguiu retornar à Casa de Leis esta semana com renúncia do cargo na mesa diretora.