‘Não contem com nosso voto', avisou vereador

A oposição trancará a pauta da Câmara Municipal de até que a Prefeitura resolva pendências com o setor cultural. O anúncio foi feito pelo vereador Alex (PT) durante sessão plenária desta quinta-feira (26).

Há algumas semanas, a Prefeitura trava embate com movimento chamado , que cobra o pagamento de cerca de R$ 3 milhões referentes a cachês de e repasses a projetos culturais. O Executivo chegou a oferecer R$ 1 milhão, mas a proposta foi rejeitada.

O SOS Cultura protocolou até pedido de abertura de comissão processante contra o prefeito, Gilmar Olarte (PP), na Câmara. O movimento alega que ele incorreu em improbidade administrativa ao não aplicar, como prevê a lei, 1% do orçamento municipal em cultura.

“A oposição está adiantando que não vai votar nenhum projeto de urgência até que se abra o diálogo para encontrar uma saída ao problema (na cultura)”, disse Alex, completando: “ainda que sejamos minoria, que não contem com o nosso voto”. A crise já custou o cargo da então presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Juliana Zorzo.

Teoricamente, a oposição conta com sete dos 29 vereadores. Além de Alex e dos dois colegas petistas, Airton Araújo e Thais Helena, compõem o grupo Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra (PDT), Cazuza (PP) e José Chadid (sem partido).

Contando que pedidos de votação em regime de urgência requerem 20 assinaturas de vereadores, que o presidente, Mario Cesar (PMDB), não pode assinar em decorrência do cargo e que há pelo menos um parlamentar fora, Edson Shimabukuro (PTB) está de licença, a oposição terá força para trancar a pauta.

Alex disse que o artigo 113 do regimento interno da Câmara Municipal ampara a atitude dos vereadores, desde que esta seja comunicada em plenário, como ocorreu nesta quinta. Na sessão de hoje, por exemplo, não havia projetos em regime de urgência para serem votados.