Olarte não indica testemunha para defendê-lo de possível cassação

Vereadores têm até terça para analisar defesa

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Vereadores têm até terça para analisar defesa

O vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afastado do cargo de prefeito, não arrolou testemunhas para defendê-lo na comissão processante da Câmara Municipal. O vice-prefeito apresentou defesa na semana passada e aguarda até terça-feira para saber se escapa ou se o legislativo dá continuidade à investigação.

Caberá ao relator, Paulo Siufi (PMDB), analisar o relatório e dizer se a defesa é satisfatória e até se cabe à Câmara a competência de julgá-lo por conta do processo que tramita contra ele na Justiça por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O relatório apresentado por Siufi será votado na comissão, que tem como integrantes os vereadores Chiquinho Telles (PSD) e João Rocha (PSDB), presidente dos trabalhos. Todavia, independentemente do resultado, a decisão vai para o plenário.

Mesmo na hipótese da comissão votar pelo arquivamento, o plenário é soberano para fazer os vereadores recuarem e continuar a investigação. Em uma das primeiras reuniões, tanto João Rocha quanto Paulo Siufi levantaram a possibilidade de arquivamento, caso entendam que não é de competência da Câmara julgá-lo e sim do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O empurra-empurra para o Judiciário tem sido uma constante na Câmara. Recentemente, o Ministério Público Estadual recomendou o afastamento do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), mas os vereadores não deram ouvidos e o Gaeco conseguiu na Justiça o a saída dele. Agora o Gaeco recomendou providência contra oito vereadores, mas a Câmara também deve alegar falta de competência para tal julgamento.

Olarte conseguiu a primeira vitória na Câmara quando a processante foi aberta. A oposição queria investigar vários outros itens, mas foi vencida pela base de Olarte, que juntou 18 votos para barrar os seguintes questionamentos: excesso de comissionados, uso de jatinho de empreiteiro que tem contratos com a Prefeitura e falta de transparência na prestação de contas.

Ao barrar as investigações Olarte teve apoio dos três integrantes da comissão, que agora terão a missão de analisar a defesa dele. A equipe de reportagem não teve acesso a defesa, mas o prefeito já disse por diversas vezes que é inocente e que tudo não passa de uma grande armação.

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