Outros sete promotores foram nomeados anteriormente

O MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) nomeou mais promotor de Justiça para atuar no procedimento referente à Operação Lama Asfáltica, deflagrada pelo MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul), CGU (Controladoria-Geral da União), Polícia e Receita Federal. O MPE também investigará os contratos, mas referente à verba estadual que não está sendo investigada pela CGU e Polícia Federal.

Conforme publicado em Diário Oficial, o grupo será coordenado por Thalys Franklyn, que ficará apenas com este trabalho, assim como Tiago Di Giulio. Os dois terão auxílio de Cristiane Mourão e Fábio Ianni, que ajudaram nos trabalhos, mas sem dedicação exclusiva.

Além do quarteto, também participam da investigação os promotores Henrique Franco Cândia, Alexandre Capiberibe Saldanha e Gevair Ferreira Lima Júnior. Na edição desta quinta-feira (20), o Ministério Público nomeia o 39º Promotor de Justiça de Campo Grande, Fernando Martins Zaupa.

Ele vai compor a força-tarefa constituída por meio da Portaria nº 1646/2015-PGJ, de 31 de julho de 2015, para atuação nos procedimentos em tramitação na 29º Promotoria de Justiça, “bem como naqueles que vierem a ser instaurados, decorrentes de fatos mencionados na denominada operação Lama Asfáltica”.

Lama Asfáltica

A Operação Lama Asfáltica foi desencadeada em 9 de julho, quando MPF, CGU, PF e Receita Federal. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão de documentos nas casas de João Amorim, Elza Cristina dos Santos, Edson Giroto e sede das empresas que compõem o conglomerado de Amorim.

O MPF investiga, há dois anos, a influência do empresário nas decisões políticas e econômicas do Estado. Apenas durante o segundo mandato de André Puccinelli, a Proteco Construções Ltda. ficou com mais de R$ 230 milhões dos contratos do governo do Estado.

A Operação visa levantar documentação que comprove a participação de empresários, políticos e servidores no esquema de desvio de verbas federais, que somam R$ 11 milhões. A polícia também investiga lavagem de dinheiro no exterior pelos empresários e políticos do Estado.

Dentro de 30 dias, todos os envolvidos devem ser ouvidos pela Polícia Federal, que prepara o interrogatório com base nos documentos apreendidos.