Prefeito suspeita de armadilhas para inviabilizar gestão

 

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), reclamou de perseguição ao ser indagado sobre reeleição. Questionado sobre a decisão do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), de não disputar a reeleição, o prefeito disse que a política é dinâmica, mas reclamou de armadilhas que teriam sido preparadas para o gestor em Campo Grande.

“Nós e os vereadores temos que dar uma solução para Campo Grande, que enfrenta dificuldade financeira enorme. Estamos fazendo de tudo para resolver este problema. Mas, todo mundo fala dos vereadores e do prefeito, mas não de quem causou este problema”, protestou.

Sem citar nomes, Olarte reclamou dos projetos aprovados por Nelsinho Trad (PMDB) no final de 2012, com aumento de salários fora do prazo para algumas categorias, o que acabou comprometendo o caixa e, principalmente, da redução de repasses do ICMS.

“Em 2013, 2014 e 2015 foram retirados R$ 200 milhões de Campo Grande só no ICMS. Isso ninguém fala. Qual a intenção que está por trás das cortinas para inviabilizar a gestão? Seria o desejo de retomar o poder?”, indagou, sem citar o nome do ex-governador André Puccinelli (PMDB), responsável por este cálculo.

O prefeito entende que ele e os vereadores estão salvando Campo Grande de uma situação socioeconômica difícil e garante que o problema não é de gestão. “Qualquer um que pegasse a prefeitura enfrentaria uma situação igual ou pior. Tivemos coragem de matar no peito e enfrentar o desgaste, reduzindo salários para vencer. Isso que a população tem que parar para pensar”, concluiu.