Deficit orçamentário é de mais de R$ 160 milhões

O balanço financeiro do primeiro quadrimestre da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), mostra que o governo conseguiu diminuir o limite de endividamento do Estado de 98,68% para atuais 94,15%.

Isso significa que a dívida de Mato Grosso do Sul representa 94% daquilo que o Estado consegue arrecadar. O ex-governador André Puccinelli (PMDB) anunciou, no final de seu mandato, como uma de suas maiores conquistas, o fato de ter assumido a administração, em 206, com mais de 181% de endividamento, e entregá-lo com pouco mais de 98%. Em números, a dívida consolidada líquida do Estado saiu de R$ 7,992 bilhões para R$ 7,651 bilhões.

O demonstrativo também mostra que Mato Grosso do Sul já arrecadou R$ 3,8 bilhões, dos 13,1 bilhões previstos para exercício fiscal de 2015, o que representa um percentual arrecadado de 29,60%.

Já as despesas empenhadas até abril de 2015 estão em R$ 5,1 bilhão, as liquidadas em pouco mais de R$ 4 bilhões e as pagas chegam quase a R$ 3,6 bilhões. Neste mesmo quesito, a dívida com pessoal está em quase 50% das receitas (49,88%).

Apesar dos números mostrarem contenção de despesas, o cenário nacional de retração da economia também impactou Mato Grosso do Sul. Apesar da previsão de receitas mostrar um acréscimo de R$ 55 milhões, o deficit orçamentário ainda é de R$ 162,1 milhões.  

Um dos motivos que explicam a diferença entre arrecadação e despesas está na evolução da receita estadual. No último mês da gestão Puccinelli, o Estado arrecadou R$ 849,3 milhões, enquanto em janeiro de 2015, primeiro mês do governo Azambuja, a arrecadação caiu para R$ 716,2 milhões e em abril para R$ 675,1 milhões.