‘É fanfarronice dele ter me colocado nessa história’, diz Romário sobre Delcídio

“Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI”, disse

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“Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI”, disse

O senador Romário (PSB-RJ) está envolvido em nova polêmica. Após ter o nome citado em conversa entre Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que resultou na prisão deste segundo citado, Romário admitiu, em entrevista ao jornal “O Globo”, que já possuiu contas bancárias na Suiça.

As contas, segundo o ex-atacante, foram abertas entre 1988 e 1994, período em que Romário defendeu o Barcelona, da Espanha, e o PSV, da Holanda.

– Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI. Só não sei o ano. Eu não me lembro, mas acredito que se a conta não é movimentada, ela é fechada automaticamente – declarou Romário.

A gravação veio a público na última quarta-feira. No áudio gravado por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobrás, preso na Operação Lava-Jato, o senador Delcídio Amaral comenta que ouviu de Eduardo Paes um acordo para Romário apoiar Pedro Paulo na candidatura à prefeitura do Rio. Além disso, Delcídio afirma que Paes teria aconselhado Romário a encerrar as contas que supostamente tinha na Suiça, “senão iria preso”.

Após o vazamento do áudio, Romário voltou a negar qualquer irregularidade e afirmou que estar envolvido em nova polêmica é “fanfarronice” de Delcídio Amaral, que acabou preso por suposta obstrução da justiça por planejar fuga para Nestor Cerveró. O caso ainda está sendo investigado.

– É fanfarronice dele (Delcídio) ter me colocado nessa história. Em relação ao que o advogado fala, a gente está vivendo um momento diferente no Brasil. Não se pode dar credibilidade a bandido, vagabundo. Ouviram o meu nome na gravação que foge completamente do assunto que esses vagabundos estavam fazendo lá. Estou tranquilo porque eu não devo porra nenhuma a ninguém e não tenho conta na Suíça – completou.

Ainda nesta sexta-feira, o senador Romário (PSB-RJ) protocolou um ofício na Procuradoria Geral da República para que as autoridades brasileiras provoquem a abertura de investigação na Suíça sobre a suposta conta bancária a ele atribuída.

As polêmicas envolvendo Romário e supostas contas na Suiça não são novidades. Em julho, a Revista Veja publicou que o senador do PSB-RJ teria R$ 7,5 milhões no banco BSI. Valor que não teria sido declarado à Justiça Eleitoral. Romário sempre negou a existência desta conta e o banco suiço também negou. O BSI declarou ainda que o extrato apresentado na reportagem era falso. A revista teve que se desculpar com o senador.