Jerson disse que Azambuja tem que esquecer passado e pensar para frente

O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), esteve no gabinete do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), na manhã desta segunda-feira (19). Na ocasião, comentou a polêmica envolvendo o novo governador e o antecessor, André Puccinelli (PMDB), sobre as contas do governo.

Indagado sobre o que aconteceu com Puccinelli para deixar tantos problemas para o atual, segundo denúncia de Azambuja, Jerson saiu em defesa do colega de partido, afirmando que ele nunca perdeu o juízo.

“Tenho certeza total e absoluta que ele nunca perdeu e jamais perderá o juízo. Pelo contrário, tem juízo até demais da conta. Quem assume o governo, que não é aquele que o governo apoiou, tem idéias que são diferentes. Mas, é uma questão temporária, passageira. Tem que esquecer o que falou e trabalhar pelo Estado”, justificou.

Jerson entende que a questão é mais política, lembrando que houve troca de farpas entre o ex e o atual gestor. “Houve farpas. Hoje não se pode esperar um tapete vermelho e flores para todos”, analisou.

O presidente da Assembleia alega que Puccinelli saiu com 80% de aprovação e espera que Azambuja seja igual ou superior. Indagado sobre as chamadas armadilhas de Puccinelli, o presidente Assembleia ironizou, dizendo que a Policia Militar Ambiental proíbe.

Para encerrar a conversa, o futuro conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) declarou que caberá a corte decidir se houve ou não crime de responsabilidade fiscal. “Quando eu estiver lá, te conto”, finalizou.

Reclamações

O novo governador cita como irregularidades e “pacote de bondades” as obras iniciadas e sem dinheiro para conclusão, restos a pagar e até projetos aprovados na gestão anterior que impactam diretamente nas finanças do Estado.

Azambuja ainda inclui entre as dificuldades o aumento de salário de servidores, que gerou despesa de R$ 22 milhões e do dinheiro repassado aos Poderes, que inclui gasto adicional de até R$ 6 milhões.