O software, de acesso livre, que rege o dispositivo, funciona mediante gestos faciais e movimentos da cabeça

A deputada Mara Gabrilli é a única parlamentar brasileira a participar das votações secretas e outras sessões do Plenário utilizando um mouse virtual, voltado para auxiliar pessoas portadoras de deficiência a usarem o computador. O software foi desenhado pelo Grupo de Robótica da Universidad de Lleida (UdL) sob a Cátedra de Pesquisa em Tecnologias Acessíveis Indra-Fundación Adecco, na Espanha.

O sistema de votação eletrônica da Câmara possui dispositivos de segurança biométrica para autenticar eletronicamente as pessoas. No caso de Gabrilli, o Headmouse permite sua participação nas sessões plenárias para votar mediante um computador e uma webcam, realizando pequenos movimentos da cabeça, sem que faça falta o contato físico com outros dispositivos.
O centro de informática da Câmara dos Deputados escolheu o Headmouse por sua velocidade, confiabilidade e facilidade de uso. Além de mover o cursor, é possível fazer o click de forma muito simples por meio de gestos faciais rápidos, como por exemplo a abertura da boca. 

Além disso, existe um grande interesse por parte do órgão público ampliar sua colaboração com a Cátedra e com a Indra, multinacional de consultoria e tecnologia com mais de 43.000 profissionais em todo o mundo, que além de seu conhecimento e compromisso com as Tecnologias Acessíveis dispõe de mais de 15 anos de experiência em sistemas de voto eletrônico.

O HeadMouse junto com o VirtualKeyboard (teclado virtual), também desenvolvido na mesma Cátedra, já superou a cifra de 400.000 downloads procedentes de 95 países dos cinco continentes. Ambas as soluções podem ser baixadas de forma livre e gratuita a partir da web da Indra http://www.tecnologiasaccesibles.com/pt/headmouse.htm ou da Universidad de Lleida http://robotica.udl.cat.

O HeadMouse pode ser utilizado por qualquer usuário e consta de um manual de ajuda em português, espanhol e inglês.  Já o VirtualKeyboard oferece três dicionários que incorporam as palavras mais usuais do português, espanhol e inglês. O software conta com um sistema de aprendizagem automático que amplia a base de palavras e cria novos dicionários, ao ser compatível com as simbologias e caracteres de mais de 20 idiomas.

Como parte de sua Responsabilidade Corporativa, a Indra tem desenvolvido ao longo de mais de 10 anos soluções e serviços inovadores para facilitar o acesso à tecnologia e à integração social e laboral das pessoas com deficiência. Mundialmente, a empresa já desenvolveu mais de 40 projetos de P&D neste âmbito.

A multinacional criou 14 Cátedras de Pesquisa em Tecnologias Acessíveis no Brasil, Espanha, Argentina e México, em colaboração com distintas universidades, associações e fundações. A Indra no Brasil criou sua primeira Cátedra no ano passado com a Red Ilumno, rede de universidades latino-americanas que inclui as brasileiras Universidade Veiga de Almeida (UVA) e o Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE).