Delcídio ainda não pensa em delação, diz presidente do PT em MS após visita

Além de Biffi, Zeca, Dagoberto e Vander estiveram com o senador preso

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Além de Biffi, Zeca, Dagoberto e Vander estiveram com o senador preso

O senador Delcídio do Amaral (PT), preso há sete dias, ainda não pensa em delação premiada, afirma o presidente do partido em Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Biffi, após visita ao senador nesta terça-feira (1º), na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Além de Biffi, estiveram presentes na visita a Delcídio os deputados federais Zeca do PT, Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander  Loubet (PT). Zeca e Dagoberto negaram à reportagem a visita, confirmada pelo presidente do PT estadual.

Biffi declarou que na conversa com o senador, ele revelou ainda não ter a intenção de fazer acordo de delação premiada, como vem sendo cogitato. “As delações homologadas estão inocentando-o. Ele tinha conhecimento de muitas coisas, é senador há doze anos, líder de governo. Mas não tem o que delatar”.

O petista disse ainda que o senador preso passa bem e está analisando os autos para preparar a defesa. “Delcídio está surpreso com a forma arbitrária como foi conduzido o processo”, relatou.

Habeas corpus negado

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber negou nesta terça-feira pedido de habeas corpus a favor do Senador Delcídio do Amaral (PT), preso desde a última quarta-feira (25), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Disponível no site do órgão, a publicação não especifica o teor da decisão, apenas define “ nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF). 

O senador está  preso em uma sala administrativa adaptada da superintendência da Polícia Federal em Brasília, por determinação do STF. A PGR (Procuradoria-Geral da República), que solicitou a prisão, acusa o parlamentar  de  tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal)

Em gravações, o senador ofereceu R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró e um plano de fuga para que ele deixasse o país pelo Paraguai em direção à Espanha. O ex-diretor está preso em Curitiba.

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