Convocação de suplentes adia votação de relatório da Câmara que julga Olarte

Texto é mantido sob sigilo

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Texto é mantido sob sigilo

Está previsto para quinta-feira a votação do relatório da a Comissão Processante contra Gilmar Olarte, que ocupou o cargo de prefeito de Campo Grande entre março de 2014 e agosto deste ano, e foi afastado das funções públicas por decisão judicial, parte de uma investigação que o acusa de participar de uma trama para tirar do cargo o atual prefeito, Alcides Bernal (PP). Havia a intenção de votar o texto amanhã, mas isso não ocorrerá antes pois três suplentes terão de ser convocados, em razão da proibição de que os três parlamentares que propuseram a investigação participem da votação.

Não podem votar Thais Helena (PT), Alex do PT e Luiza Ribeiro (PPS). Isso implica na convocação de Roberto Durães-PT, Elbio Santos (PT) e ainda de Aldo Donizete-PPS, que hoje ocupa a presidência da Funsat (Fundação Social do Trabalho). Caso Donizete queira votar, terá de ser exonerado pela Prefeitura. Se decidir não participar, deve ser convocado outro suplente do PPS, Gilvano Kunzler.

A reportagem do Jornal Midiamax apurou que a Comissão Processante concluiu que não há motivos para uma eventual cassação de Olarte. O relatório é oficialmente mantido sob sigilo.

O entendimento da processante é de que Olarte está sendo respondendo por crime ainda em fase processual, não cabendo à Câmara retirá-lo do cargo por isso, conforme informações às quais a reportagem teve acesso. Os detalhes, no entanto, ainda não foram revelados.

A comissão foi instituída em agosto, após o TJ (Tribunal de Justiça) acatar denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra Olarte, tornando-o réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ação resulta da Operação Adna, a qual apurou, em síntese, que Olarte e assessores próximos prometeram vantagens indevidas em troca de empréstimos com agiotas.

A conclusão da Comissão Processante, formada por três vereadores, será levada ao plenário. Os demais parlamentares têm o poder de manter o entendimento ou ir contra o relatório, ou seja, decidir que o processo no âmbito do legislativo deve prosseguir.

Hoje cedo, o presidente da processante, vereador João Rocha (PSDB), disse que espera reações adversas, qualquer seja o resultado.

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