Presidente da Câmara teria dado dinheiro a vereador

Em depoimento à do Ministério Público Estadual, o prefeito de , (PP), falou sobre os bastidores da comissão processante que cassou o mandato dele por 23 votos a seis na Câmara de Campo Grande. Na ocasião o prefeito disse que um vereador recebeu dinheiro para cassá-lo e outros chegaram a lhe procurar para pedir cargos.

Bernal afirma ter sido procurado pelo vereador Chocolate (PP), que lhe informou ter recebido R$ 100 mil do então presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB),  para que votasse a favor da cassação. Mario está afastado há.

Durante depoimento Bernal também garante ter sido procurado por diversos vereadores com proposta de negociar cargos em troca de voto contrário à cassação. Ele cita como exemplo os vereadores: Flávio César (PTdoB), atual presidente da Câmara, Edson Shimabukuro (PTB), Coringa (PSD) e Alceu Bueno (PSL).

Bernal diz ainda que conversou com vereadores do PMDB, pedindo-lhes que não cassassem seu mandato, mas ouviu dizer que André Puccinelli (PMDB) havia dito que era para ocorrer a cassação do mandato.

O prefeito também disse temer pela vida dele por conta do depoimento prestado. “Temo pela minha vida quando as pessoas tiverem conhecimento do teor deste depoimento. Isso porque já deram mostras concretas de que são capazes de tudo. Gostaria de informar que colocaram velas e uma camiseta cheia de sangue em frente da minha casa, logo depois de ser deflagrada a Operação Lama Asfáltica”, declarou.

O depoimento de Bernal serviu como base para o pedido de afastamento de oito vereadores, feito pela Força Tarefa do Ministério Público Estadual. Eles também usaram como justificativa uma suposta pressão a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que também prestou depoimento a Força Tarefa e depois foi duramente criticada. A decisão, do juiz José Henrique Neiva, deve sair nesta segunda ou terça-feira.