Vereador de está sendo investigado pela Polícia Federal

O advogado do vereador Adriano Silvério, que está sendo julgado e pode ter o mandato cassado, disse na tarde desta segunda-feira (12) que o seu cliente não se enriqueceu com esquema de corrupção. O julgamento está sendo realizado na Câmara de Vereadores de Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande.

Em defesa o advogado afirmou que o seu cliente não tem bens, não enriqueceu e que continua pobre e devendo na ‘praça'. “Os bens que o cidadão acha que são do Adriano, pelo contrário, são de sua esposa que muito antes de casar com ele já possuía um patrimônio”, declarou em defesa.

Entenda o caso

O vereador está sendo investigado pela Polícia Federal, através da Operação Athenas deflagrada em outubro de 2014. De acordo com o MPE/MS (Ministério Público do Estado de ), os parlamentares envolvidos no esquema de corrupção exigiam e recebiam vantagens indevidas para aprovação de leis com diversas finalidades inclusive para modificação e criação de critérios para o funcionamento para estabelecimentos comerciais.

Ainda de acordo com o MPE, também foram identificados desvios de recursos públicos através da falsificação de diárias, desvio de combustíveis, fraude em licitações, além de obrigarem alguns servidores do Legislativo a realizarem empréstimos bancários para repasse de valores aos investigados, em troca da manutenção de seus cargos.

Entre os investigados pela PF estão o ex-presidente da Câmara, Cícero dos Santos; o segundo secretário Adriano José Silvério, vereador mais votado da cidade; Solange Olímpia de Castro Melo; Marcus Douglas Miranda, que foi candidato a deputado estadual na última eleição de 5 de novembro; e Carlos Alberto Sanchez. Os outros envolvidos são Mainara Gessika Malinski dos Santos, esposa de Cícero dos Santos e os assessores: Wagner do Nascimento, Rogério dos Santos Silva e Tiago Caliza da Rocha.

Nesta tarde serão julgados os mandatos, por 13 parlamentares, em voto aberto, dos vereadores Cícero dos Santos, Adriano Silvério, Marcos Douglas e Carlos Alberto Sanches. Já renunciou ao cargo a vereadora Solange Melo. Todos estes parlamentares foram presos pela PF.