‘Injustiçado’, prefeito de Santa Maria se exime de culpa e critica Congresso

Citado no inquérito da Polícia Civil que investigou as responsabilidades pelo incêndio na Boate Kiss, o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), não admite ser apontado como culpado pela tragédia que matou 242 pessoas. Passado um ano do incêndio, Schirmer reclama do uso político da tragédia e se diz “injustiçado” quando questionado sobre as […]

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Citado no inquérito da Polícia Civil que investigou as responsabilidades pelo incêndio na Boate Kiss, o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), não admite ser apontado como culpado pela tragédia que matou 242 pessoas. Passado um ano do incêndio, Schirmer reclama do uso político da tragédia e se diz “injustiçado” quando questionado sobre as manifestações que chegaram a pedir o seu impeachment no ano passado. “Muitas dessas manifestações tiveram atrás de si forças partidárias e políticas que se opõem a mim, e que tiveram candidatos a prefeito aqui em Santa Maria”, justifica.

Em entrevista concedida em seu gabinete, Schirmer fez questão de ressaltar, a todo momento, que a prefeitura agiu dentro do rigor da lei. Antes mesmo do início dos questionamentos, fez uma longa explanação de toda a legislação vigente, insistindo que sua administração não poderia ser responsabilizada judicialmente pela tragédia.

Entre um cafezinho e outro, o prefeito falou sobre o abalo sofrido naquela madrugada de 27 de janeiro de 2013 e o desafio de reerguer a cidade gaúcha de 300 mil habitantes após o episódio mais triste de sua história. Schirmer creditou ao Congresso Nacional a culpa pela demora na aprovação de leis mais rígidas para disciplinar o funcionamento de casas noturnas e defendeu que a Boate Kiss tenha como legado uma mudança cultural no Brasil.

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