Prefeito do PMDB condenado por perícias recorre e diz que laudos provariam tortura policial
O prefeito de Bodoquena, cidade distante 260 quilômetros de Campo Grande, Jun Iti Hada (PMDB), vai entrar com recurso em relação à condenação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) de dois anos e dois meses de prisão, por realizar perícias falsas quando atuava como médico legista. O advogado do prefeito, Antônio […]
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O prefeito de Bodoquena, cidade distante 260 quilômetros de Campo Grande, Jun Iti Hada (PMDB), vai entrar com recurso em relação à condenação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) de dois anos e dois meses de prisão, por realizar perícias falsas quando atuava como médico legista.
O advogado do prefeito, Antônio Cezar Lacerda, afirma que entrou com recurso já em Brasília contra a condenação, que ainda não foi julgada.
Segundo o prefeito, ele atua há 27 anos como legista e há 30 mora na cidade e nunca sofreu nenhum tipo de processo ou investigação por sua atuação na medicina. “Essa é uma retaliação de um delegado. Eu fiz um exame de corpo de delito e constatei que três detentos dele foram agredidos na prisão. E agora acontece isso”, fala o prefeito. Ele contou que foi ameaçado na época dos exames e que o delegado exigiu que ele refizesse o laudo para não “prejudica-lo”.
Ele foi julgado culpado por dois casos pelo TJ-MS. O primeiro ocorreu em 16 de março de 2008, e a denúncia teria sido arquivada em agosto de 2010. Conforme o processo, o médico teria atestado à morte natural de uma pessoa, embora houvesse perfurações no corpo e roupas da vítima, conforme mostrou o laudo da exumação.
“Eu vou entrar com recurso e apresentar testemunhas atestando que o corpo exumado não apresentava perfurações no momento da feitura do laudo”, afirma.
No segundo caso, o exame de corpo de delito, realizado no dia 26 de março do mesmo ano, Jun Iti atestou que um detento havia sofrido lesão corporal. Quando ocorreu a nova perícia, no mesmo dia, foi constatado que não havia tais lesões.
O prefeito ainda esta em suas funções na cidade, pois o seu caso ainda não foi julgado e cabe recurso da parte acusada. “Eu tenho certeza absoluta que isso é uma retaliação e a população está do meu lado”. Ele está no terceiro mandato na cidade.
A Polícia Civil através da assessoria confirma a existência um processo na corregedoria envolvendo o prefeito e o delegado mencionado.
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