Partidos aguardam respostas para fechar parceria com Bernal na Câmara

O prefeito Alcides Bernal (PP) está bem distante da prometida maioria na Câmara, mas pode, com alguma dificuldade, chegar aos 10 votos necessários para livrá-lo da cassação na Câmara de Campo Grande. Isso porque, já conversou com alguns partidos, que só aguardam uma resposta positiva sobre o que for conversado, para se declarar da base.

Os partidos mais cotados para integrar o grupo do prefeito são o PSB, do vereador Carlão, e o PTB, de Edson Shimabukuro. Carlão explica que está 60% na base, mas que o restante ainda depende de uma atitude de Bernal. Ele conta que entre as reivindicações do partido elencada como principal está a criação de uma Secretaria de Assuntos Fundiários ou de uma Agência de Regulamentação Fundiária. “É isso que falta para fechar em 100%”, garantiu.

Carlão explica que o partido não cobra secretarias, mas um espaço que justifique o apoio dado a administração. Apesar das tratativas, ele garante que no momento continua independente. “Hoje, se anunciar meu nome como base, está mentindo, e eu voto contra na primeira oportunidade”, avisou.

O PTB também está na mesma situação que o PSB, aguardando uma resposta. O presidente estadual do partido, Ivan Louzada, afirma que o partido continua independente e que a aproximação só depende do prefeito. “Ele tem que tomar decisões e cumprir. Não pode ficar empurrando com a barriga. Ele conversou com quatro partidos na semana passada. Hoje, já se passaram oito dias e nada. Ele foi duas vezes na minha casa e até agora não tive nenhuma resposta. Tudo depende da palavra final dele, de cumprir compromissos”, concluiu.

Hoje, Bernal tem como aliados na Câmara os vereadores Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT, Luiza Ribeiro (PPS), Cazuza (PP) e Gilmar da Cruz (PRB). Com Carlão e Shimabukuro ele chegaria a oito e precisaria de mais dois para fugir da cassação. Ele ainda pode chegar a nove, sem muito esforço, se fizer as pazes como vereador Waldecy Chocolate, que apesar de ser do PP, hoje segue independente na Câmara.