Vereadores deixam família e festas para buscar votos e garantir comando da Câmara

A eleição será no dia primeiro de janeiro e, até lá, os parlamentares estão com a agenda lotada de reuniões e conversas individuais para chegar com maioria e levar o comando da Casa

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A eleição será no dia primeiro de janeiro e, até lá, os parlamentares estão com a agenda lotada de reuniões e conversas individuais para chegar com maioria e levar o comando da Casa

A virada do ano para os 29 vereadores eleitos por Campo Grande será diferente de 2012 para 2013. Dessa vez, família e festas serão deixadas de lado diante da corrida acirrada pela presidência da Câmara Municipal.

A eleição será no dia primeiro de janeiro e, até lá, os parlamentares estão com a agenda lotada de reuniões e conversas individuais para chegar na terça-feira com maioria e levar o comando da Casa de Leis.

“A conversa não irá parar até o dia da posse, tem papo na madrugada, no café da manhã, no lanche, o clima é de 24 horas no ar”, contou a vereadora Thais Helena (PT).

Ela trabalha pela eleição da vereadora professora Rose Modesto (PSDB), candidata do prefeito eleito, Alcides Bernal (PP). Do outro lado, os aliados do governador André Puccinelli (PMDB) tentam emplacar o vereador Márcio César (PMDB) para presidir o Legislativo Municipal.

Ao mesmo tempo, os vereadores doutor Jamal (PR) e Edil Albuquerque (PMDB) correm por fora. Jamal conta com o apoio do atual presidente Paulo Siufi (PMDB) e revelou ter sete assinaturas, número suficiente para lançar chapa. Já Edil conta com o respaldo dos três eleitos pelo PSD.

“Nós que estamos na terceira chapa, vamos decidir a eleição, porque tanto o A, do Puccinelli, quanto o B, do Bernal, precisam dos nossos votos, então, nós vamos tentar o consenso”, disse Jamal.

Para ele, é possível derrubar o aparente favoritismo de Rose e Mário César para eleger um nome alternativo. “Da mesma foram que destruímos os 18 somos capazes de unir os 29”, comentou Jamal, fazendo menção ao chamado Grupo dos 18, que rachou diante dos interesses opostos dos vereadores ligados ao governador e ao futuro prefeito.

Por outro lado, o vereador Airton Saraiva (DEM) está confiante na eleição de Mário César, mas reconhece que a disputa está tensa e exige muita cautela. “É um jogo de paciência”, analisou.

Segundo ele, o plano é conquistar 17 apoiadores até amanhã (30). Neste sentido, Puccinelli, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e os próprios vereadores dividiram as funções.

A Saraiva coube a missão de manter unido quem até agora se comprometeu a apoiar Mário César. Enquanto isso, outro grupo está com a incumbência de atrair Edil e os três vereadores do PSD ao grupo.

Ao mesmo tempo, professora Rose se dedica a conversa com os colegas de Câmara. “Apresentamos nossas propostas a eles e garantimos uma gestão com voz e vez para todos”, frisou. A expectativa do grupo dela é alcançar 18 apoiadores.

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