O presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, publicou em sua página no Facebook mensagem afirmando ter superado o mal-estar com o deputado federal Fábio Trad. Os dois protagonizaram trocas de ofensas no decorrer da semana. Sem uma retratação pública, Fábio e seu irmão, o deputado estadual Marquinhos Trad, ameaçavam deixar o PMDB. Satisfeito com o pedido de desculpas, o parlamentar federal seguirá na legenda. Por outro lado, Marquinhos aproveitará o momento para refletir seu destino político. 

Antes de ir para a rede social, Esacheu telefonou para Fábio defendendo o fim da confusão em nome da unidade partidária. “Ele me ligou e explicou que ao falar em ‘pé sujo’, apenas tentou fazer um contraste da má política com a boa, destacando seguir o lado correto”, contou o deputado federal.

Sobre citar “brigas na rua” no processo de eleição do sucessor de Fábio na presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Esacheu, segundo o parlamentar, pediu desculpas e explicou ter escrito isso em “momento de raiva”. Para finalizar, o dirigente do PMDB defendeu o fim do impasse em nome da unidade partidária. “Da minha parte está tudo superado, por isso, continuo no PMDB”, disse o deputado federal.

Em sua página no Facebook, Esacheu também garantiu estar “superado o mal”. Sobre o estopim da crise, ou seja, declarar apoio à pré-candidatura da vice-governadora Simone Tebet, em evento do PMDB Mulher, o presidente do PMDB, esclareceu que o comentário não se tratava do lançamento do nome dela ao governo, mas apenas uma “preferência pessoal”. Além de Simone, o prefeito Nelsinho Trad, irmão de Fábio e Marquinhos, pleiteia disputar a sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), em 2014.

Momento de reflexão

Marquinhos também aceitou o pedido de desculpas. “O Fábio me disse que a retratação se estendia à família”, contou. Nem por isso, ele abandonou de vez a possibilidade de sair do PMDB. “Sinto que não sou querido no partido, percebo que a minha presença incomoda muita gente”, revelou.

Por isso, sentindo-se indesejado e perseguido, o parlamentar informou aproveitar o momento para refletir seu destino político. “Não me querem no PMDB”, reforçou. “Fui o deputado estadual mais votado no Estado e que espaço tenho na legenda?, questinou.

Na Assembleia Legislativa, Marquinhos é o único deputado do PMDB sem espaço na Mesa Diretora e nas lideranças. Jerson Domingos (PMDB) é o presidente; Maurício Picarelli (PMDB), o vice; Júnior Mochi (PMDB), o líder do governo e Eduardo Rocha (PMDB), o líder da bancada. Na executiva e na direção regional, o deputado estadual também não tem espaço.

Nesta quarta-feira (7), na sessão da Assembleia, Marquinhos recebeu convite para ingressar no PP e no DEM. “Vou aproveitar o momento para refletir”, finalizou o parlamentar.

Procurado pela reportagem do Midiamax, Esacheu não retornou as ligações para falar sobre o caso. Ele só se manifestou via Facebook.