Em busca de união, Puccinelli afaga Nelsinho em ato de lançamento de Giroto a prefeito
Ciente da importância do prefeito na campanha de Giroto, Puccinelli fez questão de afastar qualquer possibilidade de tentar emplacar sua vice-governadora Simone Tebet na disputa por sua sucessão, em 2014
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Ciente da importância do prefeito na campanha de Giroto, Puccinelli fez questão de afastar qualquer possibilidade de tentar emplacar sua vice-governadora Simone Tebet na disputa por sua sucessão, em 2014
Para sepultar qualquer dúvida em relação à unidade partidária, o governador André Puccinelli (PMDB) interrompeu ato de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Edson Giroto (PMDB) a prefeito da Capital para confirmar seu apoio a Nelsinho Trad (PMDB) na disputa pelo Governo do Estado, em 2014. Além disso, ele aproveitou para ressaltar o papel de protagonista do prefeito no processo de escolha do parlamentar para concorrer à Prefeitura de Campo Grande.
Ciente da importância de Nelsinho na campanha de Giroto, Puccinelli fez questão de afastar qualquer possibilidade de tentar emplacar sua vice-governadora Simone Tebet (PMDB) na disputa por sua sucessão. A declaração surgiu dois dias após lideranças peemedebistas demonstrarem, em ato do PMDB Mulher, visível preferência pela indicação de Simone.
Certo de que a atitude pode rachar o partido nas eleições municipais, o governador não perdeu tempo e “encheu a bola de Nelsinho”. “Quero retificar uma informação, o comandante de todo o processo de escolha do Giroto foi o Nelsinho Trad, o meu candidato a governador em 2014”, disse Puccinelli, após manifestação da presidente municipal do PMDB, Carla Stephanini, que o classificou como principal condutor do processo de escolha do candidato a prefeito. Para reforçar sua preferência por Nelsinho, o governador chegou a tirar o microfone das mãos de Carla, que passava a fala ao prefeito da Capital.
Nelsinho deu seguimento à operação “PMDB Unido Sempre”. “Com o governador aprendi a lição do alpinismo, ou seja, quando se sobe é preciso parar para estender a mão a quem está em baixo”, comparou. “Nosso grupo é unido, é firme e tem o que falar”, emendou. Nos bastidores políticos, o prefeito trabalhava pela indicação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) para disputar sua sucessão.
Defensor número 1 da eleição de Simone para o governo, pelo menos no último sábado, durante ato do PMDB Mulher, o presidente regional do partido, Esacheu Nascimento, foi mais cauteloso hoje. “O PMDB tem dois pré-candidatos. É evidente que o Nelsinho é um quadro importante, administrou a Capital por oito, mas a Simone é vice-governadora e tem postulação apresentada, então cabe a nós do partido caminhar e que no momento certo a questão vai ser apreciada”, ponderou. Dois dias antes, no sábado, ele declarou: “oxalá, que Simone Tebet seja nossa futura governadora”.
Cauteloso, Giroto também frisou que o PMDB tem dois nomes para o governo. “Mas o Nelsinho é o prefeito da Capital, de mim, ele tem a primeira opção”, ponderou. Da mesma forma que Esacheu e Puccinelli, o pré-candidato frisou ter muito tempo antes da sucessão estadual. “Está muito cedo para discutir 2014”, comentou.
Dividido
Apesar de interromper o evento para declarar apoio a Nelsinho, mais tarde, em entrevista coletiva, Puccinelli acabou admitindo que o PMDB está dividido em relação à sucessão estadual. “Percebo que alguns querem Nelsinho, outros querem a Simone”, reconheceu. Ele, no entanto, afastou divisão partidária por conta das diferentes preferências. “Não uniu tudo em 2012?”, comparou.
Indagado sobre o possível enfrentamento interno com Simone em 2014, Nelsinho a classificou como um ótimo quadro para concorrer à sucessão do governador, mas deixou claro confirmar mais “em meu taco”.
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