Defensor do apoio à pré-candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) na disputa pela sucessão da Prefeitura de Campo Grande, o presidente regional do DEM, deputado estadual Zé Teixeira, alertou que “do lado do PMDB, o partido é só mais um”.

Para ele, a legenda precisa “alçar novos voos” se quer crescer em Mato Grosso do Sul. “Eu acho que cada partido tem que buscar espaço, caso contrário, não tem justificativa para existir”, ponderou.

No arco de aliança do PMDB, o DEM deverá dividir espaço com vários partidos e lutar por “um lugar ao sol” na administração, caso o deputado federal Edson Giroto (PMDB) saia vitorioso das urnas. A previsão do presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, é montar um bloco com o apoio de 15 siglas.

Na hipótese de apoiar os tucanos, o DEM provavelmente poderia indicar o vice e garantir o comando de algumas secretarias. “Desde o governo do presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso), PSDB e DEM são alinhados em nível nacional”, acrescentou Zé Teixeira.

Liberados

Por outro lado, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o vereador Airton Saraiva (DEM) estão inclinados a apoiar Giroto. A decisão leva em conta afinidade com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB).

Diante do impasse, Zé Teixeira entregará o destino do DEM nas mãos da cúpula nacional. “O que a direção nacional disser eu vou respeitar”, avisou.

No caso de sair orientação para apoiar candidatos tucanos, o deputado não obrigará os correligionários a apoiar Azambuja. “Não vou colocar o Mandetta e o Saraiva em constrangimento”, disse. Segundo ele, em 2010 Saraiva também não seguiu o partido nas eleições. “O vereador apoiou o Paulo Corrêa (PR) a deputado estadual”, lembrou.