O vereador Carlão (PSB), um dos 23 alvos de processo instaurado pela comissão de ética do partido sobre possível infidelidade partidária nas últimas eleições, defendeu-se publicamente das acusações durante a sessão plenária na Câmara de Campo Grande nesta terça-feira (14). Ele usou a tribuna para dizer que está com a “consciência limpa” em relação às suspeitas levantadas pelo PSB.

O parlamentar reconheceu que pediu votos para candidatos do PMDB e do DEM – conduta vedada, em tese, por uma resolução do comando nacional do PSB -, mas se justificou: “Nós fizemos coligação com outros partidos, e eu apoiei os candidatos dessa coligação”, disse. Nas eleições, uma regra estipulava aos socialistas titulares de mandato que apoiassem candidatos do PSB nas eleições, sob pena de não poderem disputar eleições futuras pelo partido.

Carlão tornou pública a defesa depois de ver seu nome citado em reportagem sobre a abertura de processo contra ele na comissão de ética em 10 de novembro. Ele e outros 22 membros do PSB, entre prefeitos, secretários, vereadores e dirigentes municipais, terão prazo de 45 dias para se manifestar de forma escrita.

O presidente estadual do PSB, Sérgio Assis, chegou a emitir nota de esclarecimento em que rechaça o vazamento de informações à imprensa. “Destacamos ser precipitada a divulgação de qualquer informação sobre o andamento desta comissão e o nome dos envolvidos, até porque a executiva estadual não recebeu qualquer documento sobre os trabalhos desta comissão”, informa o texto.