Na dança de elefantes em que se converteu a composição do ministério de Dilma Rousseff, Henrique Meirelles tornou-se uma tromba órfã.

 

A presidente eleita hesita em manter Meirelles na presidência do Banco Central. Passou a reuminar a hipótese de aproveitá-lo num ministério.

 

Imaginou-se que Meirelles, respeitado pelo mercado e dono de inegável capacidade gerencial, poderia cuidar de uma pasta voltada à infreaestrutura.

 

Iria ao “novo” gabinete como parte da cota do PMDB. Cuidaria de portos, aeroportos e rodovias. Porém…

 

Porém, cristão novo no PMDB, Meirelles é refugado por “sua” legenda. Se Dilma decidir aproveitá-lo na equipe, terá de fazê-lo por conta própria.

 

O PMDB quebra lancas para manter sob Dilma a mesma quantidade de pastas que amealhou sob Lula: seis ministérios.

 

E não há na cúpula da legenda quem se disponha a abserver Meirelles nessa cota.

 

O PMDB receia que, transferido para a Esplanada, Meirelles se recuse a fazer o jogo partidário, que consiste em extrair dos ministérios o máximo de dividendo$.