Prefeito disse que não costuma contrariar “quem lhe ajuda”; em duas semanas governo Lula liberou R$ 63 milhões para o município

O prefeito de Campo Grande, , do PMDB, duvida que seu eventual apoio a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a preferida dos petistas para suceder o presidente Lula, motive algum embaraço político com o governador , candidato à reeleição dos peemedebistas e que pode se juntar a um adversário de Dilma.

Em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, Nelsinho deixou claro sua intenção de se tornar um cabo eleitoral da ministra. “Eu não vou contra [Lula] em função da minha lealdade com aqueles que me ajudam”, assim respondeu ao ser questionado se ele ia apoiar a candidata petista.

Nelsinho só negou subir num palanque onde estiver Dilma e o ex-governador Zeca do PT, pré-candidato ao governo e principal adversário de Puccinelli.

O prefeito e o governador estiveram juntos na segunda-feira, no entanto, segundo Nelsinho, o eventual apoio a Dilma não foi tratado pelos dois. A questão deve ser debatida por eles daqui uns dias.

Recursos

Nelsinho disse que não sabe ao certo quanto o governo federal já mandou para a prefeitura de Campo Grande, mas ele deu uma pista: “é um número considerável”.

A Capital sul-mato-grossense, segundo o prefeito, é a primeira do país na execução do PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento, principal programa de obra do governo de Lula, lançado em 2007 e que deve favorecer todos os estados do país.

Para se ter uma ideia do sucesso do PAC por aqui, segundo o prefeito: o volume de obras desenvolvidas em Campo Grande é três vezes maior do que a segunda colocada.

Semana passada, por meio de linha de crédito, o governo federal liberou R$ 55 milhões para a prefeitura aplicar em projeto ligado a melhorias do trânsito urbano. Esse programa beneficiou até agora apenas duas cidades: além de Campo Grande, Rio de Janeiro, município também chefiado por um prefeito peemedebista.

Já nesta terça-feira, Nelsinho Trad anunciou a liberação de mais R$ 8 milhões, recurso federal. Esse dinheiro, segundo o prefeito, será aplicado em pavimentação e drenagem, obras tocadas nos bairros Guanandi e Nhá-Nhá, e também na recuperação de obras construídas em regiões que ficaram danificadas no período chuvoso.

Puccinelli

André Puccinelli tem dito se Dilma vier apoiar a candidatura de Zeca do PT, ele procuraria um rumo político contrário, no caso, cederia seu palanque ao candidato do PSDB, por exemplo, no caso o mais cogitado até agora, o governador José Serra.

No caso, o apoio de Nelsinho ficaria confuso, já que o prefeito tem disse que sua “prioridade” é ajudar na reeleição de Puccinelli.