Moradores se recusam a trocar favela por outra e pedem socorro a vereadores

Após ordem de despejo com ameaça do uso da força policial, sem-teto do Morada Verde aguardam para ter audiência na Câmara Municipal

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Após ordem de despejo com ameaça do uso da força policial, sem-teto do Morada Verde aguardam para ter audiência na Câmara Municipal

Grupo de moradores de uma favela localizada no bairro Morada Verde, região norte de Campo Grande, está, neste momento, aguardando para falar com vereadores sobre um pedido de desocupação feito por representantes da Empresa Municipal de Habitação (Emha). A ordem é que saiam até amanhã (quarta-feira) sob a ameaça de despejo com força policial.

Segundo a manifestante Índia Mara, a indignação é porque os funcionários da Emha sugeriram que os moradores levem seus pertences e montem barracos em outra favela: a Cidade de Deus, que fica nas proximidades do lixão, no bairro Dom Antônio Barbosa. “É do outro lado da cidade. Temos filhos estudando próximo das nossas casas e maridos trabalhando nas redondezas de onde estamos”, reclama.

A moradora afirma que existem casas de conjuntos habitacionais mais próximos (Otávio Pécora, Cerejeira, Vida Nova) que estão desocupadas e que poderiam ser entregues para eles. Porém, representantes da Emha disseram que não é possível porque estas residências que estão fechadas já foram sorteadas para outros cadastrados que, caso não tomem posse no prazo determinado de até 30 dias depois de terem recebidos as chaves, também perderão o direito.

Os moradores já conseguiram o apoio de dois vereadores, Alcides Bernal e Paulo Pedra, que prometeram fazer discurso na tribuna depois que a sessão terminar. Eles esperam que com o apoio da Câmara consigam reverter a ordem de desocupação.

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