O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) defendeu hoje seu partido lance candidato à prefeitura de Dourados na hipótese de eleições extraordinárias, independente de parceria com o PMDB. Ele acha que o partido não precisa ter medo de ir para a disputa sem a aliança ou até enfrentando os peemedebistas. “O DEM sempre carregou piano para o PMDB, mas agora não precisa ser assim. O piano está afinado”, acredita.

Se for confirmada a eleição extra, o DEM deverá lançar Murilo Zauith, vice-governador e presidente regional do DEM a prefeito do município. Já o PMDB tem outras lideranças com mandato da região de Dourados como os deputados federais Geraldo Resende e Marçal Filho. O governador André Puccinelli (PMDB) já disse que não vai se interferir na disputa Dourados, postura que Teixeira considera elogiável.

Na outra ponta, a prefeita interina de Dourados, vereadora Délia Razuk (PMDB) entrou com “ação cautelar inominada” para a manutenção da Mesa Diretora da Câmara Municipal eleita de forma extraordinária em 13 de setembro, após o ex-presidente Sidlei Alves (DEM) ser preso na Operação Uragano e renunciar ao cargo.

Délia Razuk, através desta ação, quer que a Justiça mantenha-a no cargo de presidente da Câmara por um período de dois anos. No entendimento geral dos vereadores o mandato de Délia como presidente termina em 31 de dezembro deste ano e seria apenas “tampão”. A eleição da nova mesa diretora deverá ser eleita até o dia 20 de dezembro.

Para Teixeira, a pretensão de Délia não tem “amparo jurídico e nem no Regimento Interno da Câmara”. A convocação de eleições, contudo, depende de as comissões processantes instaladas na Câmara cassarem o prefeito afastado Ari Artuzi (sem partido) e o vice Carlinhos Cantor (PR) ainda neste ano.

Ontem, terminou o prazo para os dois se defenderem das acusações. Nenhuma testemunha compareceu para depor.

A partir de agora as comissões tem um prazo de cinco dias para apresentar o relatório final. O vereador Walter Ribeiro Hora (PPS), presidente da comissão processante que investiga Carlinhos Cantor afirmou que no dia 13 de dezembro os vereadores deverão estar reunidos para votar o relatório da Comissão.

Hora acredita que nesta data tanto Artuzi quanto Cantor poderão ser cassados por quebra de decoro no exercício de cargo público por terem sido denunciados em casos de corrupção nas operações Owari, Brothers e Uragano.