O vereador afastado Aurélio Bonato (PDT) foi o primeiro a ter uma Comissão Processante aberta para a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar por envolvimento em denuncias de crime de corrupção revelada pela Operação Uragano.

A Comissão Processante foi aprovada por dez votos e será presidida pelo vereador Cemar Arnal tendo como relator Idenor Machado e Juarez de Oliveira como membro.

O vereador Albino Mendes teve que se abster da votação por ser suplente de Bonato enquanto que Gino Ferreira não compareceu à sessão por estar cumprindo compromissos particulares.

Neste momento o presidente da Câmara Dirceu Longhi está lendo a denúncia do vereador Marcelo Hall. A votação para a criação das processantes será feita individualmente e a sessão deverá terminar por volta das 13h.

Falta ainda a leitura das denuncias dos vereadores (PR), Tio Júlio Artuzi (PRB), Zezinho da Farmácia (PSDB), Marcelo Barros (DEM), José Carlos Cimatti (PSB), Paulo Henrique Bambu (DEM) e Humberto Teixeira Junior (PDT).

O primeiro pedido de cassação dos vereadores foi feito no final da tarde da última sexta-feira pelo diretório municipal do PPS (Partido Popular Socialista). Minutos depois chegou à Câmara o farmacêutico Racib Panage Harb que também protocolou em seu nome os pedidos de cassação dos vereadores envolvidos na Uragano.

Ontem por volta das 16h30 o terceiro pedido de cassação dos vereadores foi feito pelo Comitê Regional de Defesa Popular que congrega mais de quarenta entidades da sociedade. O Comitê aproveitou também para pedir a cassação do suplente de vereador Edvaldo Moreira (PDT) que quando foi preso estava no exercício do cargo na Câmara.

O coordenador do Comitê Popular Ronaldo Ferreira afirmou que o pedido de cassação foi fundamento no Decreto Lei de numero 201 de 27 de Fevereiro de 1967 que dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores e da outras providencias da Presidência da Republica.