Condutora de uma motocicleta foi atropelada e teve fratura exposta após ser atingida por outro motociclista, por volta das 8h deste sábado (3), em uma rotatória localizada na Avenida Raul Pires Barbosa, no bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

Segundo testemunhas, a vítima cruzava a rotatória quando o outro motociclista teria invadido a preferencial e provocado a colisão. Após o acidente, o motociclista fugiu do local sem prestar assistência à vítima.

Roilson da Silva Ramos, 27 anos, que trabalha numa obra nas imediações, foi quem prestou socorro à vítima. “Ouvimos o barulho e, quando vimos, ela já estava no asfalto. Mesmo assim, os carros continuavam a passar. Por conta disso, cercamos a moto com cadeiras para sinalizar. Ela disse que estava na moto e o outro motociclista invadiu a preferencial e acabou atingindo”, detalhou.

A vítima foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros para a Santa Casa de Campo Grande, com suspeita de fratura exposta num dos membros inferiores.

De acordo com o Código Penal, omissão de socorro é crime e tem pena de detenção, de um a seis meses, ou multa. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Rotatória polêmica

Enquanto a reportagem esteve no local, além de vivenciar dificuldade de cruzar a via, observou ao menos duas situações que poderiam ocasionar acidentes. Segundo ouvidos pela equipe, um dos problemas é que a rotatória tem acessos com vias estreitas, todas de mão dupla, e apenas com sinalização horizontal.

Andreia Gonçalves da Silva, 23 anos, trabalha na região. Ao Jornal Midiamax, ela relatou que há poucos dias presenciou acidente no mesmo lugar – um motociclista que atropelou um idoso que estava passando. “A rotatória é muito perigosa e sempre tem muito acidente. Semáforo talvez resolvesse”, relatou.

Trabalhando há quase um ano e meio nas imediações, Matheus Sampaio, 26 anos, também relatou que a rotatória é caótica.

“A rotatória enche e se forma uma fila de carros nas vias. A gente não consegue atravessar e muita gente ainda fica ‘ilhado’ quando finalmente consegue cruzar, porque não para de vir carro. Outro problema é que são quatro escolas próximas, então tem todo o trânsito decorrente disso também. Mas quando tá vazio, os motoristas exageram na velocidade e passam correndo”, concluiu.