A taxa de obesidade nas crianças de Fukushima aumentou desde o acidente nuclear de 2011, uma tendência que contrasta com a das outras áreas do país, onde são cada vez são mais magros.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação japonês entre 700 mil estudantes de entre 5 e 17 anos mostra como o nível sobrepeso das crianças de Fukushima supera o do resto da províncias do Japão. Além disso, em alguns segmentos de idade é quase 2% maior que o registrado antes de março de 2011, informou neste sábado a emissora pública NHK.

Em nível nacional, a média de crianças obesas se mantém plana desde 2011, o mesmo que ocorre com a altura, enquanto o peso geral dos menores caiu desde 2006.

As autoridades japonesas destacaram que a causa desta tendência não se repetir em Fukushima é que os estudantes desta província têm menos oportunidades de fazer exercício ao ar livre desde a crise nuclear causada por um tsunami. Além disso, acredita-se que também influiu a mudança de rotinas e condições de vida das crianças da área, que em muitos casos tiveram que ser evacuadas e mudar de colégios devido ao pior acidente nuclear da história junto ao de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.