Rapaz de 21 anos de idade morreu esmagado por uma carreta um mês atrás; manifestantes acham que os motociclistas são desrespeitados por motoristas de carros e caminhões

Ao menos 30 amigos e parentes do eletricista Douglas William Lemes Diniz Machado, 21 anos, morto num acidente de trânsito há exatos 30 dias, se juntaram nesta manhã, no local da tragédia, na saída de Campo Grande para São Paulo, e protestaram contra o que chamaram de falta de respeito dos motoristas de carros com os motociclistas, veículo que era conduzido pela vítima, cuja filha nasceu na semana passada. Os motociclistas são principais vítimas de acidente de trânsito na Capital (saiba mais em notícias relacionadas, logo abaixo)  

Diniz Machado foi morto na avenida Gury Marques com a Elvira Matos de Oliveira, no bairro Universitário. De acordo com a família, ele seguia pela avenida quando fora fechado por um caminhão. A manifestação começou por volta das 9h, com um ato religioso em homenagem à memória do rapaz. Dali o protesto seguiu por meio de carreata até o centro da cidade. Na praça Ary Coelho haveria nova cerimônia religiosa.

“Queremos que tragédias como a que atingiu nossa família sejam evitadas, e a prevenção é uma responsabilidade de todos”, disse Marcos Lemes, 36, irmão da vítima e também eletricista. Marcos reclamou ainda do noticiado pela imprensa que, segundo ele, deixou a entender que o irmão morto teria sido o culpado pelo acidente.

Silvina Lemos Diniz, mãe do eletricista, tem mais três filhos motociclistas. Para ela, “falta respeito com o condutor de motocicleta”. A matriarca disse ainda que há uma opinião equivocada indicando que os motociclistas motivam os acidentes.

Familiares do rapaz disseram que laudos emitidos pela Polícia Técnica indicam que na hora do acidente o eletricista imprimia uma velocidade de 20 km por hora. Ele seguia na mesma direção da carreta, que teria feito uma manobra brusca para entrar noutra rua, daí provocado a acidente.

Douglas Machado caiu embaixo do caminhão e teve a cabeça esmagada. O caso é tratado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil, na vila Piratininga. O motorista disse não ter visto o motociclista, que teria tentado fazer uma ultrapassagem pela direita, que seria proibida. Outro detalhe denunciado pelas familiares do rapaz: eles desconfiam que o motorista da carreta não havia dormido na noite anterior ao acidente.