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Polícia

UFMS afasta professor de Biologia para instaurar processo administrativo que foi arquivado há 9 anos

UFMS afasta professor de Biologia para instaurar PAD após ‘enterrar’ denúncia há 9 anos
Diego Alves -
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax)

A Universidade Federal de afastou o professor de Biologia condenado por estuprar uma aluna da instituição, crime cometido há nove anos. O processo administrativo arquivado na época foi então reinstaurado.

Em nota, a informa que a reitora Camila Ítavo, mediante sentença proferida pela Justiça Estadual, determinou o afastamento preventivo do professor lotado no Instituto de Biociências e constituiu Comissão de PAD (Processo Administrativo Disciplinar) para a apuração de responsabilidade do servidor, sob supervisão da Corregedoria da Universidade.

Ainda conforme a UFMS, a decisão se baseia no parecer da Procuradoria Federal da UFMS, desta quarta-feira (12), e revisa o ato administrativo de agosto de 2016 que havia definido pela não apuração dos fatos pela UFMS à época.

Alunos da instituição organizam uma manifestação, com o tema “Não se cale! Sem mais casos de assédio”, às 14 horas da próxima sexta-feira (14).

em festa acadêmica

“Foi muito sofrido, mas estou aliviada porque existe Justiça”. Esse é o desabado da agora ex-acadêmica da UFMS que foi estuprada pelo seu próprio professor e orientador durante festa em uma república.

A aluna, na época com 22 anos, estava dormindo em um dos quartos da república quando foi abusada pelo professor. Durante a festa, a aluna ingeriu bebidas alcoólicas e começou a passar mal.

Nisto, amigas que já tinham percebido um comportamento estranho do professor, que durante a confraternização passava as mãos pelo corpo da vítima, visivelmente embriagada, foram ao socorro da jovem, a levando para um dos quartos da casa para que ela pudesse descansar.

No entanto, o professor foi atrás e, ao perceber que a acadêmica estava no cômodo sozinha, entrou e trancou a porta. Uma das amigas percebeu a ausência do professor e foi atrás da amiga no quarto, quando viu que a porta estava trancada.

Ela chamou as amigas, que começaram a bater. O professor saiu em seguida. Quando entraram no quarto, a jovem estava chorando desorientada e sem as roupas íntimas. As amigas deram banho na vítima e perguntaram se lembrava do que havia ocorrido, e ela dizia que não.

“Eu não queria acreditar no que havia ocorrido comigo”, disse a mulher, que hoje está com 31 anos. Ao Midiamax, ela contou que após tanta exposição, já nem acreditava mais que seria feita Justiça.

“Depois de tantos anos a Justiça chegou”. Ela contou ainda que na época pensou em desistir de processar o autor do crime, mas que teve apoio de outros professores e amigos.

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