Uma rede de brigas e intrigas familiares acabou no feminicídio de Simone da Silva, de 35 anos, em Itaquiraí, a 402 quilômetros de Campo Grande, nesta quarta-feira (14). O filho do amante de Simone, um rapaz de 22 anos, foi quem cometeu o crime. Somente em 2025, Mato Grosso do Sul já registrou 10 feminicídios.
Um familiar conversou com o Jornal Midiamax na manhã desta quinta-feira (15) — e que não quis se identificar — disse que a tragédia ocorreu devido ao caso extraconjugal entre Simone e o pai do rapaz. O pai do autor também acabou preso, nesta quarta (14).
Ainda conforme o familiar, Simone — que é prima da esposa do amante — trabalhava na empresa do casal e acabou afastada quando o caso foi descoberto, mas o patrão continuava se encontrando com a vítima. “As brigas na família se intensificaram”, disse o familiar.
O pai do rapaz, preso pelo crime, agredia a própria esposa e o filho, porque eles sabiam do caso extraconjugal. Com isso, as brigas em casa eram constantes.
O rapaz, que estava em tratamento contra a depressão, acabou indo até a casa de Simone nesta quarta e cometendo o crime.
A mãe do rapaz prestou depoimento na delegacia. Pai e filho foram presos.
Simone foi morta na frente do filho de 14 anos
O suspeito do crime é o rapaz de 22 anos, que se apresentou na delegacia acompanhado de uma advogada. Conforme informações, Simone estava em casa quando o autor armado chegou e fez os disparos contra a mulher na frente dos filhos.
O adolescente de 14 anos, filho de Simone, foi quem pediu socorro. O garoto usou o celular da mãe para entrar em contato com uma tia, que acionou a Polícia Militar logo após os disparos.
Após o crime, o autor fugiu, mas se apresentou depois na Delegacia de Polícia de Naviraí, acompanhado de sua advogada. Ele levou o revólver calibre .38 usado no crime, com duas munições deflagradas.
A Polícia Civil e a perícia foram acionadas. No local do crime, Simone foi encontrada sem vida.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.