Com aproximadamente duas horas de duração, foram encerradas as audiências de instrução e julgamento do caso do feminicídio de Vanessa Ricarte, morta aos 42 anos, pelo ex-noivo Caio César Nascimento. Agora, a próxima etapa é o interrogatório do réu.
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Ao todo, nesta segunda audiência, realizada na tarde desta sexta-feira (9), foram ouvidas sete testemunhas de acusação, entre amigos e familiares de Vanessa, além de uma policial civil que também esteve no dia 12 de fevereiro na casa da jornalista.
Segundo o advogado de defesa, Renato Franco, assim como na primeira, essa segunda audiência foi tranquila e as testemunhas necessárias foram ouvidas. Agora, o próximo passo é o interrogatório de Caio, que ainda não tem data marcada para acontecer, mas deverá ser nos próximos dias.
“Foram ouvidas as testemunhas e encerraria hoje a instrução realizando o interrogatório dele. Essa vai ser a audiência mais demorada, que vai perguntar de tudo, de todas as testemunhas, de tudo que foi dito”, explicou.
Caio retirado da sala de audiência
Nesta tarde, Caio foi retirado da sala de audiência a pedido das testemunhas que foram ouvidas, mesmo que o réu tenha o direito de presença.
“O juiz, entendendo exatamente por isso, achou por bem aceitar o pedido para que ele não estivesse presente. O direito de presença é do Caio. Ele tem o direito de estar ali. É normal quando há esse tipo de situação”, disse Renato.

Primeira audiência do feminicídio
Na 1ª audiência sobre o feminicídio, foram ouvidas duas importantes testemunhas: o amigo que acompanhava a jornalista e o vizinho, que também testemunhou o feminicídio. Ambos são considerados as principais testemunhas do crime e relataram o que vivenciaram em 12 de fevereiro.

Músico vira réu
O músico foi denunciado e indiciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo crime de feminicídio. E, segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o Poder Judiciário recebeu a denúncia no dia 19 de março. Após a denúncia recebida, Caio virou réu pelo feminicídio.
Áudios de Vanessa apontavam que a jornalista teria ido à Deam durante a madrugada do dia 12 para o registro do Boletim de Ocorrência, voltando na parte da tarde para buscar a medida protetiva. De acordo com o inquérito, todo o fluxograma da Lei Maria da Penha, da Cartilha das Diretrizes da Casa da Mulher, foi seguido.
Feminicídio
A jornalista Vanessa Ricarte era servidora pública no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul). Ela foi esfaqueada três vezes na região do tórax e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.
No dia do crime, o feminicida disfarçou calma e disse que aceitava o fim do relacionamento. Mas o que veio a seguir foram facadas desferidas contra Vanessa.
Vanessa tinha voltado da delegacia, onde foi buscar a medida protetiva contra Caio, que não recebeu a intimação a tempo, quando se deparou com o músico na residência. A jornalista estava na companhia de um amigo e foi ao local para buscar seus pertences.
Na madrugada do dia da morte de Vanessa, ela foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhada de um amigo, para registrar um boletim de ocorrência por agressão contra Caio e pedir medida protetiva.
No período da tarde, ela foi até sua casa, acompanhada do mesmo amigo, para pegar seus pertences. Chegando à residência, ela foi esfaqueada por Caio.

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