Gleisson Rogers Araujo da Silveira foi condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato de Renner dos Santos de Aquino, no bairro Nova Lima, em Campo Grande. O crime aconteceu no primeiro dia do ano de 2022 e o autor foi condenado nesta quarta-feira (12) pelo Tribunal do Júri.
Renner foi assassinado a tiros aos 26 anos no dia 1º de janeiro de 2022. O homicídio ocorreu na presença de duas crianças e Gleisson foi preso logo depois, quando se preparava para fugir.
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E durante julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri, Gleisson foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena, de 17 anos e seis meses, deverá ser cumprida em regime fechado.
Além da prisão, Gleisson foi condenado ao pagamento de indenização mínima aos familiares da vítima por danos morais no valor de R$ 10 mil e pagamento das custas processuais.
Amiga de réu afirmou em julgamento que foi ameaçada por Renner
Durante o julgamento, a amiga de Gleisson, Fernanda Mesquita Marcelino, contou que foi ameaçada por Renner naquele dia. Ela disse que morava na rua em que a vítima morreu e que Gleisson morou com ela e com o marido por um tempo.
Conforme o relato, Fernanda estava sentada em frente de casa, quando Renner desceu a rua acompanhado de uma mulher e a cumprimentou. “Como eu não conhecia, eu não cumprimentei. Meu marido começou a discutir com o Renner, e eles começaram a se agredir com soco, e desceram a rua. Cerca 40 minutos depois o meu marido retornou”, lembrou.
Disse ainda que Renner retornou e ameaçou o casal, dizendo que não ficaria por isso e que mataria a família. “O Gleisson estava no quarto dormindo, ouviu a gritaria, a movimentação, mas não interviu. Depois ele saiu para ver, mas não disse nada. Ele saiu de casa a pé e não vi mais ele”, finalizou.
Relembre o crime
Renner foi morto a tiros em frente de uma criança, no dia 1º de janeiro, no bairro Nova Lima. Gleisson estava se preparando para fugir, mas acabou detido com armas, munições e drogas. Na ocasião, ele supostamente confessou ter assassinado a vítima e que a arma usada no crime estaria em sua casa, localizada no Jardim Aero Rancho.
No imóvel de Gleisson, dentro de um saco, os policiais encontraram um revólver calibre 357. Na casa, os militares também encontraram munições e drogas, sendo 20 porções de pasta base e cinco de maconha.
Uma das testemunhas dirigia o Palio e no banco do passageiro ao lado estavam sua esposa e seu filho, de dois anos. Já no banco de trás estavam a sogra e Renner, que era amigo da família e pegava uma carona. Perto do cruzamento das ruas Zulmira Borba e Francisco Pereira Coutinho, o carro teve uma pane e parou.
Foi neste momento que o atirador chegou, desceu e foi direto até a janela onde estava Renner. Os dois tiveram uma discussão e o homem apontou a arma de fogo para a vítima, quando o motorista implorou para ele não atirar. “Pelo amor de Deus, tem criança aqui”, teria dito.
Mesmo assim, o suspeito afirmou que o “rolo” era com Renner, fez os disparos contra a cabeça da vítima e fugiu. A família não conhecia o autor do crime e o motorista conseguiu levar o rapaz até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia após o carro funcionar.
Renner chegou ao posto de saúde já sem vida — Polícia Civil e Perícia foram acionadas. No registro da ocorrência, foi constatado que o rapaz estava evadido do Sistema Prisional.
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