No Fórum Heitor Medeiros, a tarde desta sexta-feira (9) está sendo marcada para relembrar momentos em que familiares e amigos conviveram com a jornalista Vanessa Ricarte, morta aos 42 anos pelo ex-noivo Caio César Nascimento. O réu está presente na segunda audiência de instrução e julgamento.
Logo após o início dos trabalhos na 1ª Vara do Tribunal do Júri, o réu Caio precisou deixar a sala de audiência. Isso porque era o momento de uma das sete testemunhas — sendo uma das mais importantes do dia — ser ouvida.
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A retirada do réu foi realizada a pedido e também em respeito à testemunha. Com as mãos no rosto, Caio deixou a sala de audiência para aguardar o final do depoimento.

Sete testemunhas
Durante a segunda audiência do caso, são esperadas ser ouvidas sete testemunhas, incluindo amigos e familiares da jornalista. Essas testemunhas são todas de acusação, visto que ainda não se espera que o réu se pronuncie nesta sexta-feira.
Conforme explicado anteriormente pelo advogado de defesa, Renato Franco, primeiro se escutam “as testemunhas de acusação, depois as testemunhas de defesa”.
Na porta da sala de audiência, uma das testemunhas conversou com o Jornal Midiamax e espera que a Justiça seja feita. “Tudo que estamos fazendo, estamos fazendo por justiça. Queremos que o criminoso pague por tudo o que ele fez com ela. A Vanessa merece descansar em paz”, disse.
Primeira audiência do feminicídio
Na 1ª audiência sobre o feminicídio, foram ouvidas duas importantes testemunhas: o amigo que acompanhava a jornalista e o vizinho, que também testemunhou o feminicídio. Ambos são considerados as principais testemunhas do crime e relataram o que vivenciaram em 12 de fevereiro.
Músico vira réu
O músico foi denunciado e indiciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo crime de feminicídio. E, segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o Poder Judiciário recebeu a denúncia no dia 19 de março. Após a denúncia recebida, Caio virou réu pelo feminicídio.
Áudios de Vanessa apontavam que a jornalista teria ido à Deam durante a madrugada do dia 12 para o registro do Boletim de Ocorrência, voltando na parte da tarde para buscar a medida protetiva. De acordo com o inquérito, todo o fluxograma da Lei Maria da Penha, da Cartilha das Diretrizes da Casa da Mulher, foi seguido.
Feminicídio
A jornalista Vanessa Ricarte era servidora pública no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul). Ela foi esfaqueada três vezes na região do tórax e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.
No dia do crime, o feminicida disfarçou calma e disse que aceitava o fim do relacionamento. Mas o que veio a seguir foram facadas desferidas contra Vanessa.
Vanessa tinha voltado da delegacia, onde foi buscar a medida protetiva contra Caio, que não recebeu a intimação a tempo, quando se deparou com o músico na residência. A jornalista estava na companhia de um amigo e foi ao local para buscar seus pertences.
Na madrugada do dia da morte de Vanessa, ela foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhada de um amigo, para registrar um boletim de ocorrência por agressão contra Caio e pedir medida protetiva.
No período da tarde, ela foi até sua casa, acompanhada do mesmo amigo, para pegar seus pertences. Chegando à residência, ela foi esfaqueada por Caio.

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